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Benfica acusado de corrupção sem nenhum caso concreto de adulteração da verdade desportiva – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 16, 2024

A 13 de março de 2019, o mesmo jogador é alienado pelo Setúbal a um clube coreano por cerca de 120 mil dólares pela totalidade dos direitos económicos e desportivos — mas o Vitória apenas detinha 30% do passe, enquanto que o Benfica tinha 40’% e o Nacional da Madeira tinha 30%.

De acordo com o despacho de acusação, todos estes esquemas permitiram ao Benfica injetar cerca de 1,6 milhões de euros nos cofres do Vitória de Setúbal.

Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves são igualmente acusados de terem criado, desde pelo menos junho de 2014, um plano para fazer circular elevadas quantias de dinheiro fora da contabilidade da Benfica SAD e, que no final do dia, levou a um prejuízo significativo para o Fisco.

Assim criaram um esquema de faturação relacionada com a intermediação da contratação de jogadores de futebol. Mas uma intermediação que, do ponto de vista prático, nunca existiu.

Ou seja, serão contratos simulados, relativos a negócios que, na realidade, nunca existiram.

Os detalhes da investigação: Vieira suspeito de ter desviado 2,5 milhões do Benfica para pagar créditos e terrenos das suas empresas

Logo, segundo o raciocínio do MP, as faturas que o Benfica recebeu de empresários de futebol serão alegadamente falsas e dão origem a uma alegada burla tributária. Porquê? Porque a Benfica SAD apresentou essas faturas como custos e terá conseguido, assim, diminuir a coleta que é tributada em sede de IRC.

Dito de outra forma, a Benfica SAD teve um ganho fiscal através dessas faturas falsas e, dessa forma, terá prejudicado o Estado, visto que o Fisco não terá cobrado os impostos reais.

Os casos em causa têm a ver com a contração de três jogadores brasileiros que, tal como João Pedro Amaral e Willyan Barbosa, nunca jogaram no Benfica: Luís Filipe (ex-Palmeiras), Marcelo Hermes (ex-Grémio do Porto Alegre) e Daniel dos Anjos (ex-Flamengo) estavam todos em final de contrato.

Daniel dos Anjos, por exemplo, foi formado no Flamengo, foi contratado pelo Benfica no verão de 2017 por estar em final de contrato com a equipa sub-20 do popular clube do Rio de Janeiro.

Pormenor muito importante: o Benfica sentiu necessidade de assinar um contrato de agenciamento com uma sociedade chamada Olisports Marketing e Gerenciamento de Carreiras, que tinha como representante Adolfo Oliveira. E quem é este Adolfo Oliveira? Segundo a PJ, é filho de Francisco Oliveira, scout, agente e observador de jogadores que colaborou com a Benfica SAD no Brasil desde a década de 2000.

A tese da acusação é a de que houve um alegado acordo entre a Benfica SAD e Francisco Oliveira para que este criasse empresas de agenciamento no Brasil para prestar serviços fictícios de representação.





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