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“A vitória não é garante de nada, antes pelo contrário.” Sérgio sublinha necessidade de “cautela” na segunda mão – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Abr 3, 2024

Depois da derrota, a vitória. O FC Porto chegou ao D. Afonso Henriques com o ego ferido depois de um desaire quase traumático contra o Estoril, mas respondeu da melhor maneira e venceu o V. Guimarães para ficar em vantagem na meia-final da Taça de Portugal.

Pepê, um faz-tudo que faz de tudo e salva o dia (a crónica do V. Guimarães-FC Porto)

Os dragões levam agora 11 jogos consecutivos a vencer o V. Guimarães, a melhor série de sempre contra os vimaranenses, e nas últimas 20 partidas no D. Afonso Henriques só perderam numa ocasião, já em 2015/16. Pepê foi decisivo, tendo atuado a médio, avançado e lateral e marcando o golo da vitória já na segunda parte, e acabou por surgir na zona de entrevistas rápidas para uma breve análise ao encontro.

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“Foi um jogo difícil, sem dúvida. Sabíamos que ia ser um jogo muito pegado, sabemos que a equipa deles é muito forte, que procura o golo durante todo o jogo, principalmente a jogar em casa. Precisávamos de estar no máximo da nossa capacidade para conseguir um bom resultado para a segunda mão. São uma equipa com muita qualidade, têm vindo a fazer uma temporada incrível. Sabíamos que era difícil jogar aqui e precisávamos de fazer tudo o que o mister nos pediu para vencer e procurar marcar um golo”, começou por dizer o brasileiro.

Mais à frente, Pepê reconheceu que a equipa tem noção de que “não há nenhum jogo fácil ou ganho”. “Conseguimos um resultado positivo, mas temos de entrar com um pensamento como se tivéssemos um empate aqui para conseguir um bom resultado. Todos os títulos são importantes. Sabemos que no Campeonato ficou complicado, fizemos jogos que acabaram por nos prejudicar, mas vamos lutar até ao final, jogo a jogo, manter a cabeça erguida e fazer tudo para ganhar os jogos que restam”, terminou.

Já Sérgio Conceição, também na flash interview, sublinhou que “era importante ter atenção a alguns pontos fortes do V. Guimarães”. “Não deixar que isso viesse ao de cima. Permitimos pouco. Dentro da estratégia, foi um jogo competitivo. Boa agressividade de duas equipas que sentem que estes dois jogos serão importantes. Houve competitividade, agressividade… Dois adversários a conhecerem-se bem. A perceberem o que tinham de anular. Dentro desse jogo estivemos por cima, com mais ocasiões. O Bruno Varela fez uma excelente exibição, podíamos ter feito mais golos, mas não aconteceu. Começamos os segundos 45 minutos a vencer só por 1-0, o que não é garante de nada, antes pelo contrário. Temos de ser muito cautelosos. Temos de ter muita agressividade na zona de finalização, há coisas a melhorar”, começou por dizer.

“No plano teórico, é perigoso se não formos conscientes. Temos uma vantagem de apenas um golo. Se tivermos consciência de que há 90 e tal minutos para jogar, as coisas podem tornar-se mais fáceis dentro de um jogo difícil”, acrescentou, justificando depois o facto de ter apostado em Jorge Sánchez ao invés de João Mário no onze inicial. “Quando olhamos para o adversário, olhamos para os nossos jogadores, temos de perceber o que o jogo pode dar. Achei que o Jorge, até porque tem treinado bem, merecia a oportunidade. Fez um bom jogo, na minha opinião”, atirou.

Por fim, Sérgio Conceição garantiu que este jogo não será exemplo para o do fim de semana, também contra o V. Guimarães mas para o Campeonato, e para o da segunda mão. “Os jogos são todos diferentes. Vão para situações diferentes. Depende da forma como os encaramos. Se queremos ser mais pressionantes, o que queremos quando não temos a bola… É tudo isso. Há sempre coisas que se leva deste jogo, temos de analisar e falar sobre o que não fizemos tão bem. No próximo domingo defrontamos o mesmo adversário, mas com momentos diferentes”, terminou.





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