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“Acontecesse o que acontecesse, era a última época no Sporting.” Amorim tentou ficar até ao fim da temporada e diz que “só queria” o United – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 1, 2024

Rúben Amorim tinha prometido que esta sexta-feira, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo contra o Estrela da Amadora, que iria explicar tudo no Auditório Artur Agostinho logo depois do apito final. Começou ainda na zona de entrevistas rápidas, onde lembrou que viveu em Alvalade o “melhor período” da própria vida e sublinhou que “o tempo cura tudo”, mas guardou-se para a sala de imprensa.

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Aí, e tal como tinha garantido, explicou mesmo tudo. Começando desde logo por uma revelação: a novidade de que, no final da temporada passada e no início da atual, comunicou a Frederico Varandas e a Hugo Viana que esta seria sempre a última época no Sporting. “No início da época — e o presidente está aí para confirmar — tive uma conversa com ele e com o Viana e disse que, acontecesse o que acontecesse, era a minha última época no Sporting. A época começou e começámos a fazer uma época muito boa. O United apareceu, pagou a cláusula, acima da cláusula, e o presidente defendeu os seus interesses. Nunca discuti nada com o presidente. O único pedido que fiz era que fosse no final da época e disseram-me que não era possível, que era agora ou nunca. Tive três dias para decidir sobre algo que muda por completo a minha vida”, começou por dizer, acrescentando que a situação não foi inédita.

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“Não é a primeira vez que eu tenho a minha cláusula paga por outro clube. Nem a segunda. Eu queria aquele clube e aquele contexto. É igualzinho ao Sporting. Custa-me muito sair. Mais a mim do que a qualquer sportinguista. Não houve confusão nenhuma. Temos de salvaguardar os interesses de cada um. Eu — longe de me fazer de coitadinho — tive de …Nesta zona morta, a única pessoa que está aqui sou eu. Eu disse que ficava os jogos que fossem precisos. Eu não disse nada mais cedo porque não podia. A decisão é assim. Apareceu o clube que eu sabia que, se rejeitasse, daqui a seis meses não iria ter. E sabia que daqui a seis meses não ia estar no Sporting. Foi o único clube que eu quero e que mexeu comigo. Chegou a uma altura em que tive de decidir e decidi. Agora vou muito mais descansado para casa. Eu ganhava três vezes mais com o último clube que pagou a minha cláusula. Dei tudo o que tinha pelo clube”, atirou.

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Sobre os três jogos que ainda terá de fazer pelos leões — incluindo o desta sexta-feira, contra o Estrela da Amadora, mais a receção ao Manchester City e a visita ao Sp. Braga –, Rúben Amorim explicou que tem de fazer “aquilo que o Sporting decide”. “Eu prefiro assim. Não deixo os jogadores na mão. Frente ao Nacional senti-os mais ansiosos porque senti que eles não sabiam com o que contar. Fico com todo o gosto e não deixo os meus jogadores na mão”, indicou, rejeitando falar sobre o Manchester United tanto à comunicação social portuguesa como à internacional.

O ainda treinador do Sporting assegurou que mudou de opinião “várias vezes”, confirmou que vai levar a equipa técnica para Old Trafford e ainda abordou uma eventual contratação de Viktor Gyökeres, que fez o primeiro poker da carreira ao Estrela da Amadora. “O Gyökeres custa 100 milhões e é muito difícil. Não vou buscar nenhum jogador do Sporting em janeiro. O que significa para mim? Foi a melhor fase da minha vida. Toda a gente no Sporting sabe a importância que teve para mim. Percebo a desilusão dos adeptos, sair a meio de uma época que pode ser histórica… Mas hoje não é a despedida, ainda temos dois jogos importantes com o City e com o Sp. Braga, para mantermos a liderança”, explicou, defendendo que não existiu “revolta” no balneário, mas reconhecendo que os jogadores ficaram “tristes e ansiosos” e que há “um ambiente diferente”.

Por fim, Rúben Amorim recusou dar pormenores sobre o contrato que tinha com o Sporting, garantiu que “daqui a sete meses estaria fora do Sporting acontecesse o que acontecesse” e deixou a certeza de que “o clube vai continuar a ganhar”. “O que ficou por fazer no Sporting foi ganhar todos os títulos que devíamos ter ganho. A Supertaça, a Taça de Portugal que não vencemos. Tenho a convicção de que vamos ser bicampeões. Tornámo-nos muito competitivos. Lançámos muito jogadores. Parece que me estou já a despedir, mas ainda temos dois jogos”, terminou.





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