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Afluência às urgências aumenta em alguns hospitais da região de Lisboa mas sem reflexo nos internamentos – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 29, 2024

Alguns hospitais da Área Metropolitana de Lisboa têm registado um aumento de episódios de urgência, que não se refletiu no aumento dos internamentos, segundo uma ronda feita pela Lusa.

A Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra tem verificado um aumento da procura dos serviços de urgência, com dias com perto de 900 admissões, mas não registou um aumento dos internamentos.

“Com a diminuição da temperatura e, nesta altura particular do ano, é expectável um maior número de admissões por infeções respiratórias”, salienta.

A afluência à urgência geral da ULS do Estuário do Tejo, que integra o Hospital de Vila Franca de Xira, está em linha com os anos anteriores em períodos homólogos, com cerca de 20.000 episódios, desde o dia 1 de setembro.

“Em termos médios, na última semana, o Serviço de Urgência Geral registou uma afluência de 241 episódios por dia”, indica o hospital, adiantando que os motivos mais frequentes de deslocação à urgência são “problemas nos membros, dor abdominal, indisposição gástrica, dor de garganta”.

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Também o número de internamentos está em linha com o registado em 2023 e com o esperado para esta altura do ano, com cerca de 3.100 internamentos desde setembro, sendo a média de 35 internamentos diários na última semana.

A ULS São José, em Lisboa, registou um aumento da afluência às urgências em outubro, que teve um pico de 826 atendimentos em 14 de outubro, para o qual contribuiu a afluência verificada na Ortopedia e que corresponde a 16% das admissões.

“A taxa do internamento com origem nas urgências é de 12,4%”, verificando-se uma redução superior a 1% nos últimos meses, desde a entrada em funcionamento do Centro de Responsabilidade Integrado do Serviço de Urgência (CRISU), adianta.

Questionada se já foi ativado o Plano para a Resposta Sazonal em Saúde – Módulo Inverno, a ULS São José disse que é ativado entre 1 de outubro e 30 de abril e em função da avaliação do risco.

Este plano prevê três níveis de contingência e medidas que assegurem resposta em cada um dos níveis, consoante a pressão em cada momento, como a alocação de recursos humanos, trabalho suplementar, reorganização dos espaços, alargamento de horário de atendimento e da ocupação hospitalar.

No caso de sobrecarga nas urgências, a ULS refere que existe uma articulação com a ULS Santa Maria, mas sublinha que “a coordenação de todos os hospitais para uma resposta integrada em caso de uma sobrecarga nas urgências é da competência exclusiva da Direção Executiva do SNS”.

No entanto, os administradores hospitalares já alertaram, nesta terça-feira, que a procura dos serviços de saúde no inverno pode obrigar os hospitais a desviar meios para acudir a doentes urgentes, impedindo-os de assumir de forma estanque uma redução das cirurgias não urgentes.

A ULS do Estuário do Tejo ainda não ativou o seu Plano de Contingência – Módulo Inverno, uma vez que a afluência à urgência se encontra elevada mas dentro do previsto.

“Existem, no entanto algumas medidas que estão em curso, nomeadamente, medidas de prevenção da doença que foram colocadas em prática, tais como a vacinação contra o vírus da gripe e Covid-19”, salienta.

Realça ainda que a continuidade da modalidade de consulta aberta, dirigida a situações não urgentes, “tem tido um papel fundamental no descongestionamento do serviço de urgência”.

No que diz respeito à disponibilidade de equipamentos e materiais, adianta que nesta altura do ano é efetuado um reforço do stock de materiais de consumo clínico e produtos farmacêuticos.

“No caso do parque de macas, apesar do reforço efetuado nos últimos dois invernos, com a aquisição de novos equipamentos, este ano já foram adquiridas mais 10 unidades, acrescenta.

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A ULS Amadora/Sintra adianta, por seu turno, que tem um plano de contingência que passa pelo aumento da capacidade de resposta interna, não só no âmbito dos cuidados de saúde primários, com as Consultas de Doença Aguda, pelo aumento da capacidade de internamento, no âmbito da resposta à gripe, bem como a contratualização de camas externas de casos sociais e de cuidados continuados integrados que aguardam vaga em instituições tuteladas pela Segurança Social ou na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.





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