A Agência Espacial Europeia (ESA sigla em inglês de The European Space Agency) revelou esta quinta-feira cinco imagens a cores capturadas pelo telescópio espacial Euclides que vai explorar mais de 10 biliões de anos de história cósmica.
“Não é exagero dizer que os resultados que estamos a ver do Euclides não têm precedentes. As primeiras imagens do Euclides, partilhadas em novembro, ilustram claramente o grande potencial do telescópio para explorar o universo escuro e esta segunda vaga não é diferente”, afirmou Carole Mendell da Agência Espacial Europeia.
A missão Euclides, que conta com o apoio da NASA, tem como objetivo estudar a composição e evolução do Universo escuro. Com as imagens do telescópio pretende-se criar um mapa de larga escala da estrutura espácio-temporal do Universo através da observação de mais de um bilião de galáxias em 10 biliões de anos luz, percorrendo mais de um terço do céu.
O telescópio vai medir a forma e a distribuição 3D de mais de 1 bilião de galáxias para descobrir mais sobre o Universo escuro. A matéria negra distorce a luz das estrelas que vêm em direção à terra, acelerando assim a expansão do Universo. Por sua vez, esta expansão transforma a luz das galáxias longínquas em vermelho. O Euclid é capaz de medir as luzes visíveis e infravermelhas para assim perceber melhor estes fenómenos espaciais e as suas consequências.
O Euclides foi lançado dia 1 de julho de 2023 desde o cabo Canaveral (Flórida, Estados Unidos) para o segundo dos cinco pontos Lagrange, cumprindo assim uma trajetória em direção contrária ao sol, a 1.5 milhões de quilómetros de distância da terra. Estes cinco pontos são posições espaciais onde as forças gravitacionais de dois corpos, como o Sol e a Terra, produzem regiões de intensa atração e repulsão, usados como ‘lugares de estacionamento’ para naves e telescópios.
Já foi lançado o telescópio Euclides, que vai explorar o ‘lado negro’ do Universo
O Euclides reunirá informações e detalhes espaciais durante os seis anos que passará no espaço. A ESA prevê realizar levantamentos anuais desta informação, tendo divulgado já duas datas. Na primavera de 2025, dados relativos a uma exploração de uma parte menor do céu e para o verão de 2026, uma análise do primeiro ano cosmológico.