O primeiro-ministro da Albânia anunciou este sábado que o TikTok será banido no país durante um ano. A proibição, que deverá entrar em vigor no início de 2025, é parte de um plano mais alargado para tornar as escolas mais seguras. Surge depois da morte de um adolescente às mãos de um colega na sequência de um desentendimento que terá começado nas redes sociais.
“Durante um ano, vamos fechá-lo completamente a todos. Não haverá TikTok na Albânia”, sublinhou Edi Rama, citado pela agência de notícias Reuters. A decisão, explicou, foi tomada depois de reuniões com grupos de pais e professores de todo o país.
Edi Rama disse que as redes sociais e o TikTok em particular estão a alimentar a violência entre os mais jovens, dentro e fora das escolas. Os comentários surgem depois de um rapaz de 14 anos ter sido esfaqueado, em novembro, por um colega. Os meios de comunicação social do país noticiaram que tudo terá começado com uma discussão entre os dois nas redes sociais.
“O problema hoje não são as nossas crianças. O problema hoje somos nós, o problema hoje é a nossa sociedade, o problema hoje é o TikTok e todas as outras [redes sociais] que estão a tomar as nossas crianças reféns“, defendeu Edi Rama.
Vários países europeus, como a França e a Alemanha, têm restringido o acesso de crianças e jovens a redes sociais. Também a Austrália, recentemente, anunciou uma proibição geral das redes sociais a todos os menores de 16 anos. O TikTok mostrou-se desiludido com a decisão, apontando o risco de os jovens se voltarem para plataformas alternativas perigosas.
Além desta rede social, o TikTok corre o risco de ser banido também nos Estados Unidos da América, ainda que por razões bem diferentes. No início deste mês, um tribunal norte-americano determinou que o TikTok tem até 19 de janeiro para cortar laços com a China ou será bloqueado no país.
O TikTok também tem estado envolto em polémica na Roménia após as recentes eleições presidenciais. A Comissão Europeia emitiu uma “ordem de retenção”, exigindo que a plataforma “congele e guarde” todas as informações relacionadas com o ato eleitoral. O pedido foi feito devido a uma possível interferência eleitoral face à vitória inesperada de Călin Georgescu, candidato pró-Putin, na primeira volta das eleições.
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