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Austrália elimina referência à monarquia no Grande Selo do país – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 1, 2024

O Governo australiano, cujo chefe de Estado é o rei Carlos III da Inglaterra, retirou a referência à monarquia no Grande Selo, símbolo usado para carimbar documentos oficiais.

O novo selo foi “autorizado” no dia 21 de outubro pelo primeiro-ministro australiano Anthony Albanese e pelo próprio monarca, que visitou a Austrália no mês passado, disse esta sexta-feira, 1 de novembro, o gabinete do primeiro-ministro à agência EFE.

A mudança gerou alguma controvérsia e é vista por alguns académicos como um passo em direção a uma república.

“O desenho apresenta o brasão de armas da Austrália, centrado no selo e rodeado por um ramo de acácia”, descreveu o gabinete numa mensagem de correio eletrónico, especificando que o desenho foi criado pela Casa da Moeda e submetido à consideração de Albanese e Carlos III.

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“O desenho final foi aprovado por Sua Majestade o Rei, a conselho do Primeiro-ministro”, diz o gabinete de Albanese, que está no poder desde maio de 2022 e é um republicano declarado.

A grande diferença em relação ao selo anterior, autorizado em 1973, é que este tinha a frase “Isabel II, Rainha da Austrália” colocada entre o brasão e o ramo de acácia, enquanto o novo emblema suprime o texto, apagando assim a referência explícita à monarquia neste símbolo australiano.

O Grande Selo da Austrália foi criado em 1901, quando a antiga colónia britânica se tornou um Estado independente, embora mantivesse a Casa Real Britânica como chefe de Estado.

O Rei Carlos III, acompanhado pela Rainha Camila, visitou a Austrália entre 18 e 22 de outubro.

A viagem foi marcada pela controvérsia quando a senadora aborígene Lidia Thorpe apelou a Carlos III para que devolvesse as terras “roubadas” aos povos indígenas da Austrália, antes de ser expulsa do Parlamento em Camberra.

Coincidindo com a visita, o Movimento Republicano Australiano lançou a campanha satírica “Monarquia, a digressão de despedida” para refletir sobre o futuro do país, embora esta proposta já tenha falhado num referendo realizado em 1999 para alterar o sistema monárquico.

Antes de tomar posse, Albanese comprometeu-se a realizar um referendo sobre a monarquia se conseguisse manter o seu mandato, em eleições previstas para 2025, embora as recentes movimentações pareçam indicar que esta promessa de um voto popular foi arquivada.





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