Desde 2022, ano em que o exército russo iniciou o ataque à Ucrânia, que a indústria automóvel (chineses não incluídos) interrompeu as exportações para o país invasor, fechou e vendeu as fábricas que detinha em solo russo, desfazendo-se ainda dos respectivos concessionários. Mas depois de mais de dois anos e meio sem acesso aos carros de luxo europeus, uma vez que na Rússia automóveis novos há apenas os de marcas chinesas e a elite local tende a não apreciar este tipo de veículos, a BMW deu uma ajuda para melhorar o Natal de alguns, de acordo com a imprensa alemã.
O construtor germânico foi apanhado a exportar 100 veículos para a Rússia, contrariando as regras da União Europeia e do próprio construtor, tendo a BMW admitido que, após “inspecção aos veículos exportados, encontrou irregularidades e reportou a situação às autoridades”. A marca anunciou ainda que os veículos saíram da Alemanha através do concessionário em Hanôver, de acordo com a publicação alemã Business Insider.
Antecipando a investigação oficial que determinará o nível de envolvimento do construtor, a BMW afirmou que “os funcionários envolvidos foram despedidos”, mas é natural que, com as vendas de carros de luxos em queda, sobretudo devido à redução do “apetite” chinês por este tipo de veículos topo de gama, surjam algumas suspeitas. Daí que não seja evidente que este pesadelo de relações públicas não venha a evoluir para uma pesada multa, caso se confirme o envolvimento da marca.