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Centenas de médicos esperam há meio ano para serem contratados pelo SNS. Governo mudou regras, mas pode voltar a assumir parte do processo – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 6, 2024

Em agosto, muitas ULS ainda estavam a abrir os procedimentos, o que empurrou os concursos para setembro. Desta forma, é reduzido o número de médicos recém-especialistas contratados em relação ao total de formados, segundo a contabilização feita pelo Observador com base nas informações avançadas pelas ULS. Das 39 unidades existentes no país, 27 responderam e, dessas, apenas 17 (portanto, menos de metade do total) referiram já ter médicos colocados.

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Nove delas estão situadas a norte: a ULS de São João (com 34 médicos), a ULS de Gaia/Espinho (com 39 médicos), ULS de Aveiro (com 6 médicos), a ULS de Matosinhos (com 18 médicos), a ULS de Braga (com 44 médicos), a ULS do Alto Ave, com sede em Guimarães e que contratou 25 médicos, e a ULS Entre Douro e Vouga, com sede em Santa Maria da Feira, que contratou 21 especialistas; a ULS do Alto Minho, em Viana do Castelo, com 14 médicos; e a ULS do Tâmega e Sousa, em Penafiel, com sete colocados.

ULS Médio Tejo abre concursos para 39 médicos recém-especialistas e assistentes

Duas ficam na região centro, a ULS de Coimbra (com 47 médicos) e a ULS de Leiria (com 24 médicos) e seis a sul: a ULS de São José (com 18 médicos), a ULS de Santa Maria (com 29 médicos), a ULS Almada-Seixal (com 33 médicos), a ULS de Lisboa Ocidental (com 32 médicos), a ULS Loures-Odivelas (com 36 médicos) e a USF do Litoral Alentejano (com 8 médicos).

Assim, nestas 17 Unidades de Saúde Local foram contratados cerca de 430 médicos, um número curto, se comparado com a quantidade de recém especialistas que terminaram o internato da especialidade em março, cerca de 1350, segundo as listas de classificação final do internato médico publicadas na página da Administração Central do Sistema de Saúde, ainda em maio.

Este ano, e já no início de setembro, a esmagadora maioria dos médicos ainda não assinaram contrato, quando, nos anos anteriores, os médicos estavam colocados, no máximo, em julho. Um atraso que preocupa, mas não surpreende, o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a especialidade onde os concursos se encontram mais atrasados neste momento e também aquela onde se formaram mais médicos este ano, cerca de 430.

“Esta situação já era previsível e avisámos que era um risco alterar o concurso em cima da hora para estes moldes sem se ter estudado bem esta solução”, sublinha ao Observador Nuno Jacinto, criticando a arbitrariedade de todo o processo. “O que fizemos foi colocar 39 instituições a tratar dos concursos, esperando que todas elas conseguissem trabalhar ao mesmo ritmo, com realidades diferentes. É completamente diferente um concurso com 10 candidatos de outro que tem 100, e que demora mais tempo”, diz o presidente da APMGF.





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