Era um ano de renovação de base, tornou-se também um ano de aposta em versão “Last Dance” para que a última versão do projeto desportivo de Ruben Amorim no Sporting atingisse o ponto mais alto desde março de 2020. Com o volume de negócios a bater recordes de exercício em exercício, com quatro resultados no positivo em cinco anos e com outras “almofadas” como a margem que ficou entre os investidores que fizeram uma nova aposta no Empréstimo Obrigacionista 2024-2027 em vez de receberem o respetivos valores da emissão 2021-2024 (além do novo Obrigacionista até 2028 de 40 milhões que foi recentemente colocado), a SAD verde e branca tinha margem para fazer essa aposta. Contas feitas, ainda que não pelas melhores razões no plano desportivo, essas melhorias introduzidas acabaram por ficar quase… a “custo zero”.
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Na sequência das saídas de jogadores que tinham estado quase desde o início do ciclo Amorim em Alvalade, casos de Adán, Sebastian Coates, Neto ou Paulinho, o Sporting operou no mercado de verão para renovar o atual plantel de forma cirúrgica como fizera na temporada anterior com nomes como Gyökeres ou Hjulmand. Conrad Harder foi a contratação mais cara de 2024/25, chegando do Nordsjaelland por 19 milhões de euros que podem chegar aos 22 por objetivos desportivos (Hjulmand, contratado por 18 milhões, já rendeu 19,5 ao Lecce por cumprir cláusulas estipuladas no seu vínculo) mas sem qualquer comissão fixa.
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Já Zeno Debast, jovem internacional belga que já era um dos capitães do Anderlecht, chegou a Alvalade por 15,5 milhões de euros com mais 5,5 milhões de possíveis bónus, ao passo que Maxi Araújo, ala contratado aos mexicanos do Toluca, foi contratado por 15,2 milhões de dólares, havendo neste caso o único pagamento de comissão a 10% pela intermediação do negócio (1,367 milhões de euros). Por fim, Vladan Kovacevic, guarda-redes adquirido aos polacos do Raków, custou aos leões 4,8 milhões com potencial bónus de mais 1,2. A Sporting SAD informou ainda que pagou 50 mil euros ao Lusitânia por Nilton Cardoso e 100 mil euros ao Pogoń Szczecin por Jakub Stasiak, ambos jogadores que vieram reforçar as equipas de formação.
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Em sentido oposto, Fatawu foi a maior venda em termos totais, com o Leicester a exercer a opção de 16,25 milhões de euros pelo internacional ganês mas a ficar apenas com um valor a rondar os dez milhões pela percentagem de passe que pertencia ao antigo jogador do esquerdino. Em termos líquidos, o médio Mateus Fernandes, que saiu para o Southampton, foi a grande mais valia com 15 milhões de euros, seguindo-se Paulinho (Toluca, 7,75 milhões), Nazinho (Cercle Brugge, um milhão) e Jovane Cabral (Estrela, 800 mil euros). Os leões receberam ainda 100 mil euros pela cedência temporária de Rafael Pontelo ao Pafos.
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No entanto, houve valores “indiretos” não comunicados neste mercado que ajudaram a equilibrar os pratos da balança. Além do supracitado Fatawu, que não estava no plantel, o Sporting teve direito a 10% da mais valia da venda de João Palhinha do Fulham para o Bayern (mais de 2,6 milhões), recebeu 50% da venda do avançado Pedro Mendes do Ascoli ao Modena (1,1 milhões) e beneficiou ainda de 10% da mais valia da saída de Renato Veiga do Basileia ao Chelsea (quase um milhão), tendo recebido também pequenas verbas por Rafael Fernandes (400 mil euros), Gonçalo Costa (100 mil euros), Marsà (80 mil euros) e Pedro Marques (75 mil euros). A isso juntou-se também a contratação de Ruben Amorim pelo Manchester United por 11 milhões mais a extinção de direitos de crédito de 1,658 milhões, valores comunicados à CMVM.
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Desta forma, e apesar de ter feito um investimento de 53,15 milhões em contratações, o Sporting recebeu um valor a rondar os 45,6 milhões em vendas, que sobe para 47,125 contabilizando a supracitada extinção de direitos de crédito. A isso juntam-se mais de cinco milhões de euros de ganhos por percentagens de passes e futuras mais valias de jogadores que não estavam no plantel, que colocam as contas quase a “zero” entre o dinheiro pago e recebido. O plantel, esse, ficou mais novo depois de contratações com uma média de idades de 22,5 anos e mais valorizado, subindo para 443,5 milhões pelos valores atuais do Transfermarkt depois de ter fechado a última época com 384,2 milhões. “Problema”? A saída antes de tempo de Amorim.
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