A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, afirmou esta quinta-feira que o atual contexto internacional coloca pressões adicionais às forças de segurança, obrigando-as a atuar num ambiente repleto de exigentes desafios.
“A criminalidade dos dias de hoje, por vezes sem rosto, caracteriza-se por ser cada vez mais organizada, transnacional e sustentada em avançadas tecnologias de comunicação e informação“, disse a ministra ao discursar durante uma cerimónia militar, em Lisboa, da Unidade de Ação Fiscal da GNR, que homenageou esta quinta-feira.
Margarida Blasco transmitiu a confiança do Governo aos militares e destacou que a GNR, em 2023 e 2024, realizou mais de mil ações conjuntas, que empenharam cerca de 18.300 elementos.
A ministra considerou que a Unidade de Ação Fiscal tem demonstrado ser um “um pilar incontornável” na prevenção e investigação de infrações de elevada complexidade, como a fraude e a evasão fiscal, a burla tributária, a associação criminosa, o contrabando e a contrafação de mercadorias.
De acordo com a ministra, os resultados obtidos atestam a capacidade da Guarda para “assumir novos desafios e novas atribuições”, principalmente no controlo de pessoas e bens.
Margarida Blasco reafirmou a intenção de valorizar profissionalmente e de forma remuneratória “cada homem e cada mulher” da GNR e da PSP, retomando as negociações em janeiro, com as estruturas representativas.
Prometeu igualmente encontrar “rápidas soluções” para o problema da habitação que afeta os elementos das forças de segurança que se encontram deslocados.
A ministra referiu também que ao longo de 2025 se estima um aumento de efetivos na ordem dos 1.250 militares.