A Direção-Geral da Saúde (DGS) assegurou este sábado que está “atenta e a acompanhar” a evolução nacional e internacional do Parvovírus — que pode levar mulheres a sofrerem abortos espontâneos. A garantia surge depois de o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) ter alertado para um aumento substancial de casos de infeção em vários países europeus.
“Apesar do risco para a população ser baixo, à data de hoje [sábado], face ao contexto epidemiológico internacional e nacional, foram implementadas medidas de aumento de vigilância epidemiológica e sensibilização dos profissionais de saúde“, refere a DGS num comunicado enviado às redações.
Na mesma nota a DGS revela que emitiu a 24 de julho informações aos profissionais de saúde, em particular aos que prestam cuidados de saúde a crianças e a grávidas. A informação já tinha sido avançada na quinta-feira, com a CNN Portugal a revelar que a diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, tinha emitido recomendações face à circulação do vírus.
DGS regista “aumento” de internamentos e urgências devido a Parvovírus, infeção que pode provocar abortos até às 20 semanas
“Esta informação insta os profissionais de saúde a manterem-se vigilantes em relação à infeção pelo Parvovírus B19, e a incluírem, no momento de avaliação dos utentes incluídos nos grupos-alvo, um momento de aconselhamento e informação”, diz agora a nota divulgada pela Direção-Geral da Saúde.
A DGS estima que o Parvovírus provoque aborto e morte fetal em 13% dos casos, quando a infeção ocorre em gestações com menos de 20 semanas, sendo que 30% a 40% das grávidas “podem ser suscetíveis a esta infeção”. De momento não são recomendadas medidas específicas à população em geral.