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Diogo Freitas demite-se da gestão da empresa que vai comprar jornais e TSF, mas fica como investidor – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mar 27, 2024

O empresário que deu a cara pelo grupo de investidores que avançou com uma oferta sobre alguns ativos da Global Media saiu da administração da empresa criada para gerir esta operação. Diogo Freitas confirma que já não é administrador da sociedade Notícias Iluminadas criada para adquirir os jornais Jornal de Notícias e Jogo e a rádio TSF, mas indica que se mantém como investidor com 25% da sociedade que foi criada para realizar a operação, a Verbos Imaculados.

Em declarações ao Observador, o empresário de Ponte de Lima confirma também divergências com o resto da administração sobre a estratégia a adotar relativamente ao negócio, tal como noticiado pelo jornal Eco, mas assegura que mantém a sua confiança no investimento. O dono da Officetottal Food Brands “continua a acreditar, como investidor”, na operação de compra dos títulos da Global Media, que deverá estar concluída nos próximos dias, mas refere que optou por se afastar para não ser um obstáculo ao resto da administração da empresa Notícias Ilimitada.

Um dos temas que estará a dificultar a sintonia entre os gestores tem a ver com a compra da TSF, um ativo que não fazia parte do perímetro inicial da operação cuja preparação foi conhecida no início do ano quando estava em atraso o pagamento dos salários no grupo Global Media.

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Além de Diogo Freitas, a empresa que ficará com estes ativos tem ainda como acionistas, a Parsoc, com 30%, a Iliria, a Mesosystem e Domingos Andrade, antigo diretor da TSF. Os acionistas da Global Media com direito de voto — ou seja, excluindo o Fundo World Opportunity cujos direitos de voto foram congelados — têm uma opção para ficar com 30% da sociedade criada para adquirir o JN, Jogo e TSF.

Fonte oficial da ERC indicou ao Observador que a transferência da titularidade destes títulos da Global Media para os novos investidores ainda não foi comunicada — o que é um passo obrigatório no caso da licença da rádio.

A aquisição terá também de ser reportada à Autoridade da Concorrência (AdC), de acordo com informação recolhida pelo Observador, porque pelo menos dois dos principais investidores — a Ilíria e a Parsoc — estão a ligados a empresas que têm uma faturação superior a 100 milhões de euros, a FEPI e a EST. Estes dois grupos ligados à distribuição de tabaco, ao vending comunicaram este ano à AdC a compra e venda de uma sociedade que foi aprovada sem qualquer restrição do ponto de vista da concorrência.



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