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Diplomacia da China diz que estabilidade na Ásia depende dos laços com Japão – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 26, 2024

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês disse, num encontro com o homólogo japonês, Takeshi Iwaya, que “a Ásia será estável se os laços entre a China e o Japão também forem estáveis”.

Wang Yi observou ainda que “só quando a Ásia estiver estável, poderá desempenhar um papel importante no mundo”, de acordo com um comunicado publicado no portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, na quarta-feira à noite.

O diplomata demonstrou esperança de que a China e o Japão “aprendam com a História, eliminem interferências e convirjam para o consenso”, acrescentou a nota.

Wang defendeu que Tóquio deve “cumprir os compromissos nas principais questões sensíveis”, entre as quais destacou o estatuto de Taiwan e as divergências históricas entre ambas as nações.

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Pequim considera Taiwan, uma ilha governada autonomamente desde 1949, como uma província, que deve ser reunificada com o restante território chinês, pela força, caso seja necessário.

“A China e o Japão devem gerir as diferenças e evitar que definam a relação bilateral”, disse Wang, acrescentando que espera que Tóquio “veja o desenvolvimento da China de forma objetiva” e siga “uma política positiva” em relação a Pequim.

O ministro reiterou que a China “se opõe à descarga de água contaminada da central nuclear de Fukushima para o mar”, ao mesmo tempo que apelou a Iwaya para que permita às autoridades chinesas “recolher amostras de forma independente”.

Em 2023, Pequim proibiu as importações de marisco japonês na sequência da descarga de água tratada da central nuclear de Fukushima no oceano Pacífico, uma medida só levantada em setembro passado.

Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão disse que, na reunião de quarta-feira, Takeshi Iwaya manifestou “graves preocupações” relativamente às atividades militares chinesas nos mares do Leste da China e do Sul da China.

Os dois governantes também concordaram em “tornar a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros Wang ao Japão uma realidade na altura certa, o mais rapidamente possível, no próximo ano”, disse a diplomacia nipónica.

O ministro japonês, na primeira visita oficial à China desde que iniciou funções, em outubro, transmitiu a Wang Yi que o Japão espera “reduzir as preocupações, aumentando a cooperação e a colaboração”.

As relações entre Pequim e Tóquio são historicamente difíceis e marcadas por disputas territoriais, comerciais e históricas.

A ocupação de certas regiões chinesas pelo Japão antes e durante a Segunda Guerra Mundial continua a ser um ponto de discórdia persistente, com Pequim a acusar Tóquio de não reconhecer e reparar suficientemente o sofrimento infligido.

As visitas de oficiais japoneses ao santuário Yasukuni, em Tóquio, que homenageia os mortos de guerra, incluindo criminosos de guerra condenados, suscitam regularmente a ira de Pequim.





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