O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) garantiu esta segunda-feira que “a esmagadora maioria” das escalas nas urgências de Castro Verde, no distrito de Beja, estão resolvidas, evitando o encerramento em novembro e dezembro.
“É um trabalho contínuo e a esmagadora maioria (das escalas) foi resolvida. Ainda há um ou outro ponto a melhorar, mas todos os dias o trabalho é contínuo para dar resposta nas diferentes unidades, para completar as escalas. Queremos é dar resposta”, afirmou António Gandra d’Almeida, em declarações aos jornalistas, antes de uma visita ao hospital de Portimão, no distrito de Faro.
Em causa, está a possibilidade de encerramento do Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Castro Verde por alguns dias, este mês e em dezembro, contestada nas últimas semanas pelas autoridades locais.
O diretor executivo do SNS acrescentou que “haverá um ou dois dias que ainda é preciso resolver” e que a administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) está a “esforçar-se todos os dias para dar resposta” à situação.
Os órgãos autárquicos e habitantes de Castro Verde, no distrito de Beja, manifestaram no sábado “profundo desagrado” com os possíveis dias de fecho das urgências locais e exigiram à ministra da Saúde medidas que normalizem o funcionamento do serviço.
Um grupo “muito alargado de cidadãos”, constituído por órgãos autárquicos, entidades sociais, associativas, desportivas e dezenas de pessoas do concelho de Castro Verde analisou com “muita preocupação” o funcionamento do Serviço de Urgência Básica (SUB) do Centro de Saúde de Castro Verde, numa reunião efetuada na sexta-feira naquela vila alentejana, segundo um comunicado com as conclusões da reunião divulgado no sábado pela câmara municipal.
Na sexta-feira, 30 pessoas fizeram uma concentração junto do Centro de Saúde de Castro Verde, para protestar contra a possibilidade de encerramento das urgências por alguns dias, este mês e em dezembro.
No dia 12 de novembro, o presidente da Câmara de Castro Verde, António José Brito (PS), explicou à Lusa que a elaboração pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo das escalas para o SUB está limitada devido “às ausências de médicos”.