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Drogas, óleo de bebê, ferramentas de vídeo: o que aconteceu no “Freak Offs” do rapper Diddy

O rapper americano Sean

Os advogados de Sean Combs rejeitaram os processos como oportunistas. (Arquivo)

O governo dos EUA abriu um caso de alto perfil de tráfico sexual e extorsão contra o magnata da música Sean Combs, também conhecido como Diddy, acusando-o de orquestrar encontros sexuais coercitivos e abusivos em hotéis de luxo. A acusação, que inclui acusações de incêndio criminoso, suborno, sequestro e obstrução da justiça, centra-se no que os promotores chamam de “freak-offs” – “performances sexuais elaboradas e produzidas”, envolvendo drogas, prostitutas e gravações – de acordo com uma reportagem do New York Times. A equipe jurídica de Combs, no entanto, insiste que esses encontros foram consensuais.

De acordo com a acusação criminal federal de 14 páginas, essas “esquisiteiras” foram organizadas por Combs e seus associados em suítes de hotel cheias de óleo de bebê, drogas e equipamento de vídeo. Os promotores alegam que os participantes foram coagidos, com alguns precisando de fluidos intravenosos para se recuperarem das provações de vários dias. O governo alega que Combs filmou as sessões e usou as imagens para chantagear os participantes a ficarem em silêncio.

“A atividade de freak-off é o cerne deste caso, e freak-offs são inerentemente perigosos”, disse Emily A Johnson, uma das promotoras. Esta representação é ecoada no processo civil movido pela cantora Cassie, cujo nome real é Casandra Ventura, contra Combs no ano passado. Cassie alegou que Combs dirigia freak-offs frequentes, onde ela era coagida a realizar atos sexuais, que ele filmava.

Combs, que se declarou inocente, enfrenta uma narrativa muito diferente apresentada por sua equipe de defesa. Seu advogado, Marc Agnifilo, argumentou que os eventos foram consensuais, parte de um relacionamento não convencional, mas voluntário, entre Combs e Ventura. Agnifilo destacou que vários homens envolvidos negaram ter sido coagidos ou se verem como profissionais do sexo.

As acusações de extorsão decorrem de alegações de que Combs coordenou esses eventos por meio de uma rede de facilitadores que gerenciavam a logística, como garantir prostitutas, reservar quartos de hotel e limpar depois das sessões. Os promotores argumentam que a violência frequentemente acompanhava esses encontros, uma alegação que a defesa nega.

Além do processo de Ventura, Combs enfrenta uma série de outros processos civis de mulheres que o acusam de abuso sexual alimentado por drogas. Uma reclamante, Adria English, alegou que Combs exigiu que ela fizesse sexo com convidados em suas famosas “festas brancas”.

Os advogados de Combs rejeitaram os processos como oportunistas.

Combs, que continua sob custódia federal após ter sua fiança negada, é acusado de tentar encobrir evidências do abuso. Os promotores alegam que ele ofereceu subornos à equipe do hotel e tentou destruir imagens de vigilância após uma suposta agressão a Ventura em 2016. A investigação está em andamento, e a batalha legal de Combs está longe de terminar.

As alegações contra Combs remontam à década de 1990, quando ele fundou a Bad Boy Records, sua gravadora, de acordo com a Forbes. Em 2022, ele estava na 14ª posição na lista da Forbes dos artistas mais bem pagos, depois de ganhar cerca de US$ 90 milhões naquele ano.

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