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emails divulgados revelam medo invulgar de ministra sueca. Deputada da oposição fala em “inimigo comum” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 15, 2024

“Agradecemos que não haja bananas nas áreas onde a ministra vai estar”, “bananas não são permitidas nas imediações”, “sem vestígios de bananas”. Estas frases invulgares são excertos de vários emails enviados pelo Ministério da Igualdade de Género da Suécia, divulgados esta quarta-feira pelo jornal Expressen. Os pedidos foram feitos para acomodar o medo invulgar que a ministra Paulina Brandberg de, precisamente, bananas.

Antes das visitas de Brandberg — que vão desde reuniões informais com outros ministros a cimeiras oficiais com agências norueguesas –, o seu gabinete envia estes emails de aviso, pedindo que a fruta seja retirada dos locais onde se vão realizar almoços, eventos ou conferências, pedido que justifica com “uma forte alergia“. Segundo os emails divulgados, as respostas são sempre positivas.

Mas, ao contrário do que dizem os emails, Paulina Brandberg não tem alergia a bananas. A sua distância do fruto tropical é motivada antes pelo medo. “Tenho uma fobia de bananas”, “É a fobia mais louca do mundo”, escreveu a agora ministra numa série de publicações no X (à data, Twitter) entretanto apagados, durante o verão de 2020. E confirmou, agora, ao Expressen: “É algo para que eu estou a receber ajuda profissional”. Contudo, recusou responder se os pedidos para retirar todas as bananas serão excessivos.

O Bananagate valeu menções no programa de sátira política da SVT, a televisão pública sueca, e podia ter-se limitado a um caso caricato e invulgar. Mas a fobia da ministra do partido liberal foi recebida com empatia entre os seus opositores políticos. Entre eles, Teresa Carvalho, deputada do partido social-democrata e presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Suécia-Portugal, que lembrou que, apesar das discordâncias políticas, ambas têm na banana um “inimigo comum”.

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“Não foi fácil para mim ler ou partilhar este artigo. Eu sofro da mesma doença. Podemos ter tido muitos debates difíceis sobre as condições da vida profissional, mas nesta questão estamos unidas contra um inimigo comum”, escreveu a política luso-sueca no X.





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