Os ursos, parte da “diplomacia panda” da China, ficarão no Zoológico Nacional de DC sob um acordo de 10 anos.
A China enviou dois ursos pandas gigantes aos Estados Unidos para serem alojados no Zoológico Nacional Smithsonian de Washington, DC, em uma rara abertura diplomática entre os dois países.
Os pandas de três anos – um macho chamado Bao Li e uma fêmea chamada Qing Bao – chegaram ao Aeroporto Internacional Dulles, na Virgínia, que serve a capital dos EUA, na terça-feira.
Eles estão entre um pequeno grupo de ursos pretos e brancos ainda nos EUA, que enviaram a maioria dos animais tão procurados de volta à sua China natal nos últimos anos, sob contratos pré-estabelecidos. Isso inclui o regresso, em Novembro passado, dos únicos três pandas que viviam no Zoológico Nacional de Washington.
Muitos consideraram a ausência de um substituto rápido para os três pandas como um reflexo do crescente atrito entre os EUA e a China, mas o presidente chinês, Xi Jinping, logo prometeu que enviaria novos pandas como “enviados da amizade”.
Em agosto, o Zoológico de San Diego recebeu dois novos pandas gigantes, os primeiros a chegar aos EUA em 21 anos.
‘Parte icônica da DC’
A expectativa com a chegada dos dois novos pandas a Washington, DC, tem sido grande, com o site do zoológico apresentando um banner que diz: “Os pandas estão chegando”.
“Os pandas gigantes são uma parte icônica da história de Washington, DC, tanto para os moradores locais quanto para os viajantes que chegam”, disse Elliott L Ferguson, II, presidente e CEO da Destination DC. “O interesse e a emoção associados ao seu regresso beneficiam diretamente toda a cidade, trazendo ainda mais interesse e visitantes aos nossos hotéis, restaurantes e outras atrações.”
O Zoológico Nacional tem renovado seu habitat de pandas antes da chegada dos novos ursos, criando novas piscinas rasas e barracas de bambu.
Os pandas não estarão disponíveis ao público por mais de um mês enquanto ficam em quarentena e se aclimatam ao seu novo habitat.
‘Diplomacia do Panda’
A China tem usado a chamada “diplomacia do panda” desde 1972, quando os primeiros animais foram enviados como presente a Washington, após a visita histórica do presidente dos EUA, Richard Nixon, à China.
Mais tarde, foi firmada uma série contínua de acordos de cooperação de 10 anos, aos quais o porta-voz da embaixada chinesa, Liu Pengyu, atribuiu o avanço da pesquisa na preservação dos pandas.
“A atual rodada de cooperação se concentrará na prevenção e tratamento de doenças graves e na proteção de habitats e populações selvagens de pandas gigantes”, disse Liu à Associated Press por e-mail. “Esperamos que a chegada dos pandas injecte um novo ímpeto nas trocas entre a China e os EUA e ajude também a estabilizar a relação bilateral mais ampla.”
Em 2014, havia cerca de 1.860 pandas gigantes na natureza, um aumento de 17% em relação à década anterior, segundo o World Wildlife Fund (WWF). Em 2021, os conservacionistas chineses reclassificaram o animal de espécie em extinção para vulnerável.