Novembro inverteu a trajetória descendente de espectadores nos cinemas portugueses em relação a 2023, com uma variação homóloga de 13,2%, mas o total dos 11 meses mantém-se abaixo do ano passado, indicando uma perda de 6,8%.
Segundo os números divulgados esta sexta-feira pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), em novembro deste ano foram registadas 947.801 entradas nas salas portuguesas de cinema, mais 110 mil do que no mesmo mês de 2023, o que traduz uma subida de 13,2%. Mas o número acumulado desde janeiro continua abaixo do verificado há um ano: 10,526 milhões de entradas em 2024, para 11,292 milhões em 2023, uma diminuição de 6,8%.
A receita de bilheteira, em novembro, reflete a subida de espectadores, mas sobretudo o aumento do preço dos bilhetes desde o ano passado, com uma variação de 24,1%, dos 4,884 milhões de novembro de 2023, para os 6,061 milhões de euros de novembro deste ano.
No acumulado do ano, as receitas brutas de bilheteira caíram 2,8% para perto de 65,115 milhões de euros, contra os 66,957 milhões que as salas de cinema somavam no final de novembro de 2023.
O filme mais visto nos cinemas em novembro foi “Gladiador II”, de Riddley Scott, com pouco mais de 210 mil espectadores, em duas semanas, desde a estreia, em 14 de novembro.
“Balas & Bolinhos: Só mais uma coisa”, de Luís Ismael, continua a liderar o ‘ranking’ dos filmes portugueses deste ano, com um acumulado de quase 248 mil entradas, desde a estreia em 15 de agosto. Este número garante-lhe também o 8.º lugar no ‘top 10’ dos filmes mais vistos do ano, nos cinemas portugueses.
Esta lista permanece liderada pelo filme “Divertida-mente 2”, de Kelsey Mann, estreado em 11 de julho, com um total de 1,320 milhões de espectadores, tendo por isso passado a ser o filme mais visto nos cinemas portugueses nos últimos 20 anos, desde que há registos de bilheteira pelo ICA (2004).
Por distribuidor, a NOS Lusomundo Audiovisuais lidera o mercado até agora apurado de 2024, com 4,709 milhões de espectadores e uma receita bruta de 29,297 milhões de euros.
Na exibição, são também os cinemas da NOS Lusomundo que levam a dianteira, ao fim de 11 meses, com uma receita bruta de 44,506 milhões de euros e 6,887 milhões de espetadores.