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Estudo que seguiu as mesmas pessoas durante 70 anos indica que alimentação saudável em criança pode “afastar” risco de demência – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Jul 2, 2024

Uma dieta saudável em criança pode “afastar” o risco de demência e outros problemas cognitivos associados à velhice. É neste sentido que aponta um estudo, o primeiro deste género no Reino Unido, que seguiu a evolução da saúde de mais de três mil pessoas, desde que eram crianças até à terceira idade.

O estudo noticiado pelo The Guardian, enquadrado na Pesquisa Nacional de Saúde e Desenvolvimento e apresentado agora no encontro anual da Sociedade Americana para a Nutrição, arrancou em 1946 e seguiu 3059 crianças com idades a partir dos quatro anos até agora, quando têm cerca de 70 anos. E, se já existia a ideia de que a alimentação tem um papel relevante na preservação das capacidades cognitivas e mentais de cada pessoa, este estudo sugere que essa preocupação deve surgir o mais cedo possível.

Para este trabalho, as pessoas que foram estudadas foram preenchendo questionários e testes sobre a sua saúde e a dieta que seguiram durante estas sete décadas, conta o jornal britânico. Além disso, os autores do estudo analisaram a sua alimentação e as suas capacidades cognitivas em sete momentos diferentes, descobrindo que uma coisa está intimamente relacionada com a outra.

O jornal cita alguns dados concretos: só 8% das pessoas com dietas de pouca qualidade mantiveram capacidades cognitivas altas (boa memória, rapidez a processar informações, etc). Pelo contrário, só 7% das pessoas com uma boa alimentação mostraram uma fraca capacidade cognitiva. Um quarto das pessoas com fraca capacidade cognitiva mostrou sinais de demência, o que não aconteceu no primeiro grupo.

Segundo o estudo, torna-se assim ainda mais importante estabelecer padrões de alimentação saudáveis o mais cedo possível, uma vez que isso também torna mais provável que esses comportamentos se mantenham ao longo da vida. Melhorar a alimentação até à meia-idade também pode influenciar a qualidade cognitiva e ajudar a reduzir problemas a este nível durante a velhice.

Os exemplos citados no estudo no que toca a uma boa alimentação têm a ver com comer com frequência vegetais, frutas, legumes, cereais e pouco sódio, açúcares refinados ou comida processada.

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