É um vídeo de 34 segundos em que a força da água empurra carros por uma estrada. Há também pessoas agarradas ou em cima de carros a tentar sobreviver à intensidade das cheias.
Publicações nas redes sociais sugerem que este vídeo retrata o que se passou recentemente na Comunidade Valenciana, na sequência da Depressão Isolada em Níveis Altos (DANA) que devastou a região e que causou pelo menos 211 vítimas mortais.
“As pessoas agarram-se desesperadamente ao tejadilho do carro, enquanto as inundações os arrastam”, lê-se numa das publicações. O vídeo em questão também apresenta uma legenda que, supostamente, contextualiza as imagens e alerta para a necessidade de uma mudança de comportamentos: “Espanha. Suficiente próximo para nos fazer mudar alguma coisa em relação à crise climática? Nã, vamos deixar tudo na mesma.”
Contudo, o vídeo não mostra os efeitos da DANA, que atingiu a Comunidade Valenciana a 29 de outubro. Aquelas cheias que se veem no vídeo ocorreram efetivamente em Espanha, mas em Zaragoza, na comunidade autonómica de Aragão — e em julho de 2023.
O vídeo foi publicado na altura em vários jornais de referência espanhóis, como o Público e o jornal local Diario de Aragón. E também foi partilhado nas redes sociais em julho de 2023, muito antes da intempérie que afetou recentemente a Comunidade Valenciana.
The massive floods after heavy rains in Zaragoza, Spain ???????? (06.07.2023)
TELEGRAM JOIN ???? pic.twitter.com/E2LlKbboJs
— Disaster News (@Top_Disaster) July 7, 2023
Conclusão
Não é verdade que o vídeo que está a ser atribuído aos efeitos da DANA na Comunidade Valenciana corresponda ao que realmente aconteceu naquela região. É antes um vídeo de julho de 2023, que mostra os efeitos das cheias na cidade de Zaragoza, em Aragão.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ENGANADOR
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
PARCIALMENTE FALSO: as alegações dos conteúdos são uma mistura de factos precisos e imprecisos ou a principal alegação é enganadora ou está incompleta.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.