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fotos rasgadas pelo chão, mobília roubada – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 8, 2024

Os saques nas zonas mais ricas de Damasco começaram mal os rebeldes anunciaram que tinham tomado a capital. E depressa chegaram ao palácio presidencial, de onde há muito Bashar al-Assad e a família já teriam saído. Os vídeos, divulgados primeiro nas redes sociais, e depois por todos os meios de comunicação social do mundo, mostram civis e militares, entre salões e corredores, quartos e casas de banho, mostrando o luxo de bens pessoais, de carros a decoração, até fotografias. Mas também o muito que terá sido levado.

As pessoas começaram a invadir as casas dos bairros mais ricos às primeiras horas da manhã. A BBC relata que se tratariam de civis e não dos rebeldes e cita relatos de moradores que apontam para saqueadores das periferias. Os saqueadores terão começado por entrar no bairro de Malki, próximo à residência de Assad e  de um dos muitos palácios presidenciais, e também no edifício do Ministério da Cultura, onde entraram para roubar o que puderam.

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Segundo os relatos, os moradores terão começado por tentar travar as investidas, mas a ordem depressa deu lugar ao caos, e os saques instalaram-se. O palácio de Bashar al-Assad em Damasco terá sido praticamente esvaziado pelos primeiros que lá entraram e quando muitos civis — centenas — chegaram depois e vaguearam pelo espaço apenas puderam apreciar um lugar que antes era inacessível. Já vazio, com papeis e fotos espalhados pelo chão.

O The Guardian tem um vídeo em que mostra que desde mobília até aos candeeiros, tudo foi levado.

O El Mundo fala de homens, mulheres e crianças a passear pelas várias divisões. Abou Omar, de 44 anos, citado pelo jornal espanhol, diz: “Vim por vingança, porque nos oprimiram de forma incrível e estou a tirar fotos porque estou feliz por estar no coração da sua casa”.

Muitos documentos estão também espalhados pelas escadas. Um quadro com o retrato de Assad foi atirado ao chão no andar de baixo deste palácio, rodeado por um enorme jardim com fontes. Um salão terá mesmo sido incendiado.

Num momento em que o paradeiro de Bashal al-Assad é desconhecido — a família terá saído antes da queda de Damasco —, residentes em toda a Síria estão a derrubar e pisar estátuas de Hafez al-Assad, o pai do Presidente sírio. A família Assad esteve no poder durante 50 anos.





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