O Governo exonerou o Conselho Diretivo da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) presidido pelo João Dias. Na origem da decisão estão, entre outras queixas, o “incumprimento de 70% das metas e marcos intermédios previstos no PRR para 2023, em particular, na abertura de novas Lojas e Espaços do Cidadão, com potencial impacto nas metas de desembolso previstas para 2026”.
Além disso, argumenta o Governo, o agora destituído Conselho Diretivo da AMA foi ainda responsável pelo “incumprimento de outras atividades previstas no Plano de Atividades de 2023 (que seria superior ao verificado caso a anterior tutela já em gestão, não tivesse aprovado alterações a vários indicadores no final do ano de 2023)”.
Acrescenta-se ainda a “danosa gestão de recursos humanos que originou a saída de quase 80 trabalhadores da AMA, alguns em posições de chefia com impacto direto na organização” e “a falta de articulação com a tutela para intervenções de natureza pública e representação institucional”.
O Executivo liderado por Luís Montenegro fala ainda da “desarticulação quanto ao lançamento e implementação da Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes, que tem gerado contestação sobre a falta de envolvimento dos municípios e a forma centralizada como esta está a pensar ser operacionalizada pela AMA”.
Sofia Mota, até aqui diretora do TicAPP – Centro de Competências Digitais da Administração Pública, logo quadro daquele organismo, será agora a nova diretora da AMA.