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Greve no Aeroporto de Lisboa provoca onze voos desviados e sete cancelados – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 22, 2024

Onze voos divergiram e sete foram cancelados este domingo no aeroporto de Lisboa, segundo fonte sindical, devido à greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies (antiga Groundforce), embora a gestora aeroportuária ANA atribua as perturbações a constrangimentos no aeroporto da Madeira.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Oliveira, da direção do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), avançou que no Aeroporto Humberto Delgado, “até às 10h, divergiram 11 aviões e foram cancelados quatro voos à chegada e três voos nas partidas”.

Segundo o dirigente sindical, a greve — que teve início às 00h e é efetuada em módulos de duas horas nas entradas e/ou saídas dos turnos — provocou ainda, até às 10h, atrasos em “perto de 30 voos” no aeroporto da capital.

“São as companhias aéreas a ajustarem as suas chegadas a Lisboa, até para perceberem qual é o impacto que o arranque da greve teve”, afirmou Carlos Oliveira, sustentando que, “neste momento, a operação está toda desregularizada”.

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Quanto aos efeitos da paralisação nos aeroportos de Faro e do Porto, o SIMA diz estar ainda a aguardar dados.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da ANA — Aeroportos de Portugal atribuiu, contudo, o desvio de voos às condições meteorológicas no Aeroporto Internacional da Madeira, que está condicionado desde sábado devido ao vento forte.

Quanto aos cancelamentos e atrasos de voos registados em Lisboa, referiu que alguns têm também “a ver com a Madeira” e outros com causas diversas, mas não com a greve na SPdH/Menzies, o que o sindicato desmente.

A greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, que prestam assistência em terra (handling) nos aeroportos, vai prolongar-se até às 24:00 de quinta-feira e visa reivindicar melhores condições salariais e de trabalho.

Na origem do protesto está a ausência de resposta da empresa a questões como a falta de transportes a algumas das horas em que turnos começam e acabam e a exigência de que os trabalhadores paguem o parque de estacionamento quando levam o seu carro.

O SIMA exige ainda que a Menzies acabe com a existência de vencimentos base inferiores ao valor do salário mínimo nacional (820 euros em 2024) e cumpra o pagamento das horas noturnas pelo valor previsto no acordo de empresa.

Além dos trabalhadores da antiga Groundforce, também os da empresa de handling Portway têm uma greve marcada para o período do Natal e Ano Novo.





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