Gaza:
O Hamas acusou novamente no domingo o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de “obstruir um acordo” para uma trégua e troca de reféns em Gaza.
O grupo palestino disse em uma declaração após a última rodada de negociações no Catar que Netanyahu era “totalmente responsável por frustrar os esforços dos mediadores, obstruindo um acordo e (tem) total responsabilidade pelas vidas” dos reféns em Gaza.
Após dois dias de negociações em Doha entre mediadores dos EUA, Egito e Catar, os Estados Unidos apresentaram na sexta-feira uma nova proposta de compromisso.
Segundo o Hamas, a proposta “responde às condições de Netanyahu, especialmente sua rejeição a um cessar-fogo permanente e uma retirada abrangente da Faixa de Gaza, e sua insistência em continuar a ocupar a junção de Netzarim, a travessia de Rafah e o corredor de Filadélfia”.
Os dois últimos lugares são vistos por Israel como importantes para impedir o fluxo de armas para a Faixa de Gaza, enquanto a junção de Netzarim fica em um ponto estratégico entre o norte e o sul de Gaza.
Netanyahu “também estabeleceu novas condições no processo de troca de prisioneiros e recuou de outros itens, o que impede a conclusão do acordo de troca”, disse o Hamas.
O primeiro-ministro israelense já havia denunciado o grupo por ser “obstinado” e não enviar uma delegação às negociações, dizendo que o Hamas, e não Israel, deveria estar sob pressão.
Ele falava antes de uma visita do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que está pressionando por um acordo.
Em sua declaração, o Hamas reiterou seu apoio a uma proposta apresentada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em maio, que ele disse ser um plano israelense.
A proposta envolveu um acordo de três fases, começando com uma trégua de seis semanas, juntamente com a libertação dos reféns feitos em 7 de outubro e uma retirada israelense de áreas densamente povoadas de Gaza.
Autoridades do Hamas acusaram Netanyahu em diversas ocasiões de obstruir um acordo.
O ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, que deu início à guerra, resultou na morte de 1.198 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP com dados oficiais israelenses.
O Hamas também fez 251 reféns, com 111 ainda mantidos em Gaza, incluindo 39 que, segundo o exército israelense, estão mortos.
A ofensiva de retaliação de Israel na Faixa de Gaza matou pelo menos 40.099 pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas, que não fornece um detalhamento das vítimas civis e do Hamas.
(Com exceção do título, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)