Uma multidão de pessoas estava a fazer exercício físico à porta de um estádio em Zhuhai, na China. Era uma noite de segunda-feira, 11 de novembro de 2024, quando um carro SUV, conduzido por um homem de 62 anos, avançou sobre elas. O acidente resultou em 35 mortos e 42 feridos. O autor do atropelamento foi, nesta segunda-feira, condenado a pena de morte, com suspensão de dois anos, como noticiou a agência oficial de notícias chinesa Xinhua. O responsável admitiu a culpa.
A condenação do homem — que vai ficar privado de seus direitos políticos para sempre — foi justificada pela justiça chinesa com facto de ter colocado “em risco a segurança pública por meios perigosos”, ao conduzir o carro contra o aglomerado de pessoas no distrito de Dingcheng, em Changde.
De acordo com conclusões do Tribunal Popular Intermediário de Changde, citadas pela Xinhua, o homem estava “revoltado” pelo divisão dos bens no divórcio. Indicou que esse processo revoltou-o e, segundo o tribunal, “decidiu deliberadamente conduzir em direção à multidão”, provocando um dos ataques mais mortais da história chinesa nas últimas décadas.
Atropelamento de multidão junto a estádio desportivo provoca 35 mortes e dezenas de feridos na China
Em novembro o homem foi detido enquanto tentava fugir, e mais tarde esteve em coma devido a ferimentos autoinfligidos.
Após o acidente, começaram a circular, nas redes sociais, diversos vídeos do atropelamento. Mas, a maioria acabou apagada das redes sociais chinesas, alegadamente por determinação do estado. Também muitos artigos difundidos pela imprensa chinesa sobre o incidente foram removidos dos sites.
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— HCH Televisión Digital (@HCHTelevDigital) November 12, 2024
Este acidente aconteceu na véspera do principal salão aeronáutico do país, evento que decorre na cidade de Zhuhai.