A economia portuguesa cresceu 1,5% no primeiro trimestre deste ano, divulgou esta sexta-feira o INE, que reviu em alta a estimativa inicial. Em cadeia, o PIB subiu 0,8%. Ainda assim significa abrandamento, já que no quarto trimestre tinha subido 2,1%, mas em cadeia o trimestre anterior tinha significado uma subida de 0,7%.
Na estimativa rápida, o INE apontava para um crescimento homólogo de 1,4% e em cadeia de 0,7%, o que agora foi revisto em alta de 0,1 pontos.
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As exportações voltaram a puxar pelo PIB, com uma variação homóloga de 2,5%, acima dos 1,4% de crescimento das importações. O que resulta num contributo positivo da procura externa para o crescimento da economia nacional nos três primeiros meses do ano. A procura interna caiu face ao que se tinha registado no quarto trimestre do ano passado, mas dentro desta rubrica é no investimento que está o calcanhar de Aquiles, ainda que também tenha havido uma desaceleração no consumo privado. Neste consumo das famílias, houve mesmo uma diminuição de 3,6% da componente de bens duradouros (taxa de 5,2% no 4º trimestre) e uma ligeira desaceleração nos bens não duradouros e serviços (de 1,2%, para 1,1% no 1º trimestre), sendo que, neste caso, os bens alimentares foram os que registaram aumentos na taxa homóloga.
A tendência foi registada também em relação ao quarto trimestre. Em cadeia, as despesas de consumo das famílias aumentaram 1%, mas os bens duradouros caíram 2%, enquanto os não duradouros e serviços subiram 1,4%.
Segundo dados mais pormenorizados do INE, o consumo privado desacelerou, face ao último trimestre do ano passado, passando de uma taxa de variação de 1,6% para 0,7%, enquanto o consumo público subiu de 1,2% para 1,4%. Mas a componente investimento, na procura interna, teve um travão de 3,6% para 1,5%.
A formação bruta de capital fixo (investimento puro e duro) passou de um crescimento de 4% no quarto trimestre para 0,3% nos primeiros meses deste ano. E neste campo o investimento em propriedade intelectual caiu 1,1%, o segundo trimestre de queda. Também o investimento em outras máquinas e equipamentos caiu 0,6%. A construção que está há quatro trimestres a subir teve uma variação de 0,9%, acelerando face aos 0,5% do trimestre anterior. Isto na comparação homóloga. Na comparação em cadeia, a formação bruta de capital fixo caiu 3% e até a construção teve uma descida em cadeia, o que não é raro acontecer nos primeiros três meses do ano.
Na procura externa, as exportações voltam a “ajudar” a economia. As exportações de bens subiram 2% em termos homólogos (face aos 1,6% do quarto trimestre), enquanto as exportações de serviços desaceleraram para 3,4% face aos 6,3% do quarto trimestre.