A Itália está introduzindo inteligência artificial em suas escolas enquanto o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni explora novas maneiras de diminuir a lacuna de habilidades digitais do país em relação a outros membros da União Europeia.
O Ministro da Educação, Giuseppe Valditara, disse esta semana — quando as escolas reabriram em toda a Itália — que o software assistido por IA seria testado em 15 salas de aula em quatro regiões, com vistas a expandir o esquema posteriormente se o experimento for bem-sucedido.
Ferramentas de IA em tablets e computadores em sala de aula atuarão como “assistentes virtuais que podem facilitar o aprendizado dos alunos e ajudar os professores a identificar métodos para uma educação cada vez mais personalizada”, disse o ministro ao canal de notícias TGcom24.
A Itália tem uma das piores pontuações em habilidades digitais básicas entre os 27 membros da UE, de acordo com a agência estatística do bloco, Eurostat, ficando atrás apenas da Letônia, Polônia, Bulgária e Romênia.
Poucos detalhes foram dados sobre a iniciativa, no entanto. O escritório de Valditara não conseguiu confirmar os nomes das escolas que testariam a nova tecnologia e expandiriam seu funcionamento.
No entanto, a avaliação planejada do teste a partir deste ano letivo é “promissora”, disse Francesca Bastagli, chefe de pesquisa do think tank educacional Fondazione Agnelli, à Reuters na sexta-feira.
“Esperamos que isso nos diga o que funciona e o que é necessário para que futuras implementações de ferramentas de IA nas escolas sejam inclusivas e eficazes”, disse ela.
A iniciativa italiana de IA para escolas ocorreu depois que o ministro também emitiu uma proibição geral do uso de celulares em salas de aula, mesmo para fins educacionais.
Tentativas anteriores de digitalizar escolas italianas se mostraram difíceis, inclusive durante a pandemia de COVID, em parte devido à idade avançada do corpo docente, com mais da metade deles com 50 anos ou mais, de acordo com dados da OCDE.
Meloni fez da IA um dos temas da cúpula do G7 deste ano, que foi sediada pela Itália. Em seu comunicado final, os líderes disseram que aprofundariam sua “cooperação para aproveitar os benefícios e gerenciar os riscos da (IA)”.
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