A cantora e atriz Jennifer Lopez juntou-se a Kamala Harris num comício no Nevada, em Las Vegas, esta quinta-feira à noite para apoiar a candidata democrata à Casa Branca, mas também para defender Porto Rico (onde nasceram os seus pais) de uma piada feita durante a campanha de Donald Trump.
“[Trump] tem trabalhado consistentemente para nos dividir. Na Madison Square Garden, ele lembrou-nos de quem realmente é e de como realmente se sente“, afirmou a artista, fazendo menção ao facto de o comediante Tony Hinchcliffe ter descrito Porto Rico, território insular americano, como uma “ilha flutuante de lixo” durante um comício dos republicanos.
“Não foram apenas os porto-riquenhos que se sentiram ofendidos naquele dia. Foram todos os latinos deste país, foi a humanidade e qualquer pessoa de caráter decente”, defendeu Jennifer Lopez, citada pela CNN, que mostrou ter orgulho em ser “uma mulher americana”, “filha de Guadalupe Rodríguez e David Lopez”, dois “orgulhosos” porto-riquenhos.
Defendendo que Kamala Harris lutará pela “liberdade dos imigrantes” porque “entende” as suas lutas, uma vez que é filha de pais imigrantes, a cantora disse que acredita no “poder das mulheres”: “As mulheres têm o poder de fazer a diferença nestas eleições”, salientou. Durante o comício, Jennifer Lopez, também conhecida como JLO, apelou ao voto e disse acreditar no “poder dos latinos”. “Somos americanos [e] este também é o nosso país”, portanto “devemos exercer o nosso direito de voto.”
Junto à candidata do Partido Democrata à Casa Branca, Jennifer Lopez emocionou-se e lutou contra as lágrimas ao defender a comunidade latina da campanha de Donald Trump: “Sabem que mais? Devíamos estar emocionados. Devíamos estar chateados. Devíamos estar assustados e indignados. Devíamos. A nossa dor é importante. Nós somos importantes. A vossa voz e o vosso voto são importantes“, salientou.
Além de Jennifer Lopez, outras celebridades latinas, como Bad Bunny, têm apelado ao voto nos democratas após os insultos feitos a Porto Rico durante um comício de Donald Trump. O cantor de reggaeton porto-riquenho Nicky Jam, por exemplo, tinha declarado apoio ao ex-presidente norte-americano, mas mudou de ideias porque “Porto Rico tem de ser respeitado”.