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João Ferreira recusa “profissões de fé” do PS em Lisboa – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 14, 2024

João Ferreira, candidato da CDU à Câmara Municipal de Lisboa, considera que o partido fez bem em excluir-se do esforço de convergência à esquerda para fazer frente a Carlos Moedas e responsabiliza diretamente o socialistas. “As profissões de fé numa governação à esquerda valem o que valem quando conhecemos opção do PS de viabilizar a gestão de Moedas”, nota o comunista.

Em entrevista ao Observador, a partir do XXII Congresso do PCP, em Almada, João Ferreira notou que o Carlos Moedas conseguiu aprovar todos os “instrumentos de gestão” de que necessitava com a ajuda precisa dos socialistas. “Esta opção não pode deixar de corresponsabilizar o PS”, argumentou.

Relativamente às eleições presidenciais, o ex-candidato do PCP a Belém considera que tem havido um “desfile de protocandidatos e intenções” e disse que “não é possível identificar aí [nessa lista] quem esteja em condições de cumprir o papel” com que os comunistas olham para o cargo — nomeadamente o “fazer cumprir a Constituição”.

Quanto à estratégia do partido, João Ferreira atirou para frente qualquer decisão mais concreta, mas deixou um aviso à navegação socialista: “não será por falta do PCP” que a Presidência da República vai ser entregue à direita, como “esteve nos últimos 20 anos”. “O PCP nunca faltou a esta batalha.”

Falando sobre a crise de resultados eleitorais em que está mergulhado o partido, João Ferreira reconheceu que o partido terá as suas responsabilidades, mas não deixou de lamentar que os órgãos de comunicação social nem sempre transmitam uma “imagem fiel do que é o PCP”. “Temos de garantir essa ligação a partir daquilo que só depende de nós, uma ligação não mediada e mais próxima”, apontou Ferreira.

Sobre a guerra na Ucrânia, o candidato comunista a Lisboa defende que houve uma “enorme incompreensão sobre as posições do PCP”, tendo o partido sido “associado de forma inaceitável a posições que verdadeiramente não eram as suas”. “Há coisas que só o poder do tempo nos traz”, lamentou João Ferreira, dizendo que o PCP foi erradamente rotulado de “defensor da guerra e do governo russo”. “Pagámos este preço, nenhum de nós tem qualquer dúvida a esse respeito. Mas é com a cabeça levantada que hoje dizemos a mesma coisa que dizíamos há dois anos”, assegurou.

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