Jon Bon Jovi revelou que existe a hipótese de não voltar a cantar ao vivo se sentir que não tem a mesma voz que tinha antes da cirurgia à garganta, em 2022. “É a primeira vez que digo isto”, confessou à revista Sunday Times. “Se a cantar ao vivo não estiver bem, se não posso ser quem era antes, então para mim acabou.”
O cantor foi submetido a uma cirurgia quando descobriu que uma das suas cordas vocais estava a ficar atrofiada, ao fim de quase uma década de problemas vocais.
O músico de 62 anos e vocalista dos Bon Jovi disse que já gravou um disco desde que fez a cirurgia, mas admitiu que o esforço para fazer concertos e assegurar uma digressão é bem mais exigente. “Há uma grande diferença entre estar em estúdio e estar na estrada. Quero ser capaz de cantar duas horas e meia por noite, quatro noites por semana — sei quão bom posso ser”, explicou.
O músico, conhecido por dar voz a sucessos como “It’s My Life” ou “Livin’ on a Prayer”, está a fazer terapia vocal diariamente, mas frisou que não quer acabar a carreira como Elvis Presley. “Nunca quis ser o Elvis gordo”, referindo-se ao período em que os concertos do norte-americano estavam longe da energia frenética do auge da carreira.
O cantor admitiu que ficará “devastado se não puder cantar ao vivo novamente”, mas que é a situação em que se encontra agora.
A entrevista da estrela dos anos 80 foi dada em antecipação do lançamento do documentário sobre a banda, que vai ser lançado no final deste mês no serviço de streaming Disney+. “Thank You, Goodnight: The Bon Jovi Story” vai estar dividido em quatro partes. A 7 de junho, a banda lançará um novo álbum de estúdio, o 16.º da carreira, intitulado “Forever”.