O rapper e produtor Sean “Diddy” Combs, que está preso de forma preventiva desde setembro, voltou a não conseguir sair da prisão pagando fiança. O tribunal negou-lhe essa possibilidade, uma vez que acredita que Combs é uma pessoa violenta e que a “comunidade” não estará segura com o rapper à solta.
Esta é a terceira vez que Combs tenta sair da prisão enquanto espera pelo seu julgamento, que está marcado para maio. Está acusado de crimes como tráfico sexual, abusos sexuais e extorsão.
O juiz, Arun Subramanian, rejeitou o pedido do rapper após uma audiência de duas horas em que os procuradores garantiram que Combs seria um perigo para a investigação e que tentaria obstruí-la.
Músico de rap Sean “Diddy” Combs vai continuar preso por determinação de um segundo juiz
Na decisão final do juiz, citada pela CNN, Subramanian escreve que a procuradoria “mostrou, com provas claras e convincentes, que nenhuma combinação de condições vai efetivamente assegurar a segurança da comunidade” caso o rapper saia em liberdade.
Segundo a ABC, o juiz acrescentou ainda que há “provas convincentes da propensão de Combs para a violência“, referindo-se ao vídeo de 2016 que mostra o rapper a agredir a então namorada, Cassie Ventura, dentro de um hotel.
Durante a audiência, os procuradores argumentaram que Combs já tentou contactar e influenciar testemunhas, mesmo a partir da prisão onde está, em Brooklyn. Além disso, terá orquestrado também a partir da prisão uma “campanha nas redes sociais” durante o seu aniversário para “tentar influenciar” os jurados que venham a avaliar o seu caso.
O juiz teve também em conta as provas de que Combs continuava até esta quarta-feira a usar um serviço virtual de troca de mensagens dentro da prisão, estando assim a contornar várias regras que devia estar a cumprir.
A CNN acrescenta que os advogados de Combs têm argumentado que se o rapper e produtor estivesse a ser acompanhado por segurança privada estaria a ser mais vigiado do que na prisão, e que precisa de estar livre para preparar a sua defesa em tribunal. Combs dispunha-se a pagar 50 milhões de dólares (47 milhões de euros) como fiança, mas sem efeito.
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