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Laura Müller, a primeira engenheira-chefe da Fórmula 1 – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 13, 2024

Caracterizada por estar na vanguarda da inovação, não é só dentro de pista e nas componentes dos monolugares que a Fórmula 1 continua a dar passos em frente. Também no paddock essa progressão está a acontecer. Esteban Ocon despediu-se da Alpine no último fim de semana, em Abu Dhabi, mas anunciou que vai trabalhar com Laura Müller na Haas, que se torna na primeira engenheira-chefe da Fórmula 1. Pela primeira vez na história da principal categoria do automobilismo vai ser possível ouvir-se a voz de uma mulher nas comunicações via rádio com os pilotos.

Apesar de ocupar um cargo histórico, Müller, que era engenheira de estratégia, não será a primeira mulher a ter um papel importante numa equipa de Fórmula 1, já que Hannah Schmitz é engenheira mecânica da Red Bull e apresenta-se como uma das melhores estrategistas do paddock, algo que tem ajudado Max Verstappen a triunfar. Apesar de todos os engenheiros comunicarem através do rádio interno das equipas, na corrida só são passadas as comunicações do engenheiro-chefe e essa posição nunca foi ocupada por uma mulher. Até agora, já que será Müller a passar as instruções a Ocon a partir de 2025.

Laura Müller começou no automobilismo há cerca de uma década, pela mão da Phoenix Racing GmbH, quando frequentava o mestrado na Universidade Técnica de Munique. Em 2016 foi engenheira na Fórmula Renault 2.0, na equipa Josef Kaufmann Racing e, em 2018, chegou à Hero Motocorp, como engenheira de dados. Esteve dois anos no Campeonato do Mundo de Endurance (WEC) e trabalhou nas classes de LMP2, LMP3, DTM e GT3. Chegou à Haas em 2022, ocupando cargos de engenharia até esta promoção.

Em 2023, Müller recorreu à publicação Frankfurter Allgemeine para denunciar a prática de uma cultura misógina e comportamentos abusivos nos desportos motorizados. “Quando perguntas às mulheres ‘Qual foi a pior coisa que já viveram no automobilismo?’ elas nunca dizem a verdade. Ninguém quer ouvir a verdade“, revelou a engenheira de Ocon, que partilhou ainda o desejo antigo de ser piloto de Fórmula 1 e a ambição de competir contra Michael Schumacher.

Este cargo é um dos mais expostos e com escrutínio da Fórmula 1, já que os pilotos acabam por trocar todas as suas ideias e pensamentos com o engenheiro-chefe, sejam elas positivas ou negativas. Por vezes chegam a exceder-se nas palavras e a atacar verbalmente o engenheiro, algo que é característico em Verstappen. Esta promoção faz parte da estratégia da Haas de destacar o trabalho das mulheres neste setor. Para além de Müller e Schmitz, Margarita Torres Díez também está na Fórmula 1 como engenheira-chefe de powertrain na Mercedes, assim como Bernadette Collins, que é chefe de estratégia de corrida da Aston Martin, ou Julie Coulter, a engenheira de projeto para sistemas de motores e eletricidade da McLaren.

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