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maioria está insatisfeita com a atual situação política. Eleitores do Chega são os “mais cómodos” com situação de instabilidade – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Jul 17, 2024

Após uma eleições antecipadas que conduziram à formação de um Governo minoritário, 56% dos portugueses inquiridos diz estar insatisfeito com a atual situação política e a maioria daqueles que têm esta opinião têm 65 ou mais anos. Além disto, 53% dos inquiridos diz estar confiante que o Governo de Luís Montenegro não irá levar a legislatura até ao fim. Os eleitores do Chega são os que estão “mais cómodos” com a situação de instabilidade política. Os dados são da mais recente sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF.

O primeiro-ministro vai esta quarta-feira ao Parlamento para o primeiro debate do Estado da Nação perante um cenário que não é muito animador. De acordo com a última sondagem da Aximage, 56% dos inquiridos faz uma avaliação negativa do estado político do país e as opiniões dividem-se entre uma avaliação negativa (46%) e muito negativa (10%).

Estes valores contrastam com os 32% de inquiridos que fazem uma validação positiva: 29% consideram que o estado político de Portugal é positivo e apenas 3% dizem ser muito positivo. Dos inquiridos, 12% não sabe ou recusou responder.

De acordo com os dados da Aximage, são os eleitores do Chega (44%) aqueles que se sentem “mais cómodos com a situação de fragmentação, instabilidade e um governo minoritário”.  A nível etário, os mais velhos (com 65 ou mais anos) são os que se sentem mais insatisfeitos com a situação política (65%).

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Além disto, dos inquiridos, apenas 34% está confiante que o Governo irá durar quatro anos, cumprindo assim a duração completa da legislatura. Quando questionados sobre o “momento mais provável para a queda do Governo” de Montenegro, aqueles que consideram que o Executivo não se mantém até 2028 dividem-se entre três hipóteses: cai ainda este ano caso o Orçamento do Estado não seja aprovado (43%); cai no próximo ano antes de o Presidente da República ficar impedido de dissolver a Assembleia da República (28%); e cai em 2026, depois de cumpridos os primeiros seis meses de um novo Presidente da República (22%).

Se esta avaliação for feita por regiões, é no Norte que estão os portugueses “mais convencidos de que o governo não vai durante os quatro anos da legislatura” (68%).

Caso o Governo de Luís Montenegro caia, a sondagem da Aximage conclui que, para 40% dos inquiridos, o partido (e líder) que mais irão beneficiar deste cenário será o PS, com Pedro Nuno Santos. Segue-se o Chega, com André Ventura (27%) e em terceiro o PSD, com o atual primeiro-ministro Luís Montenegro.

Questionados sobre qual o tema que o chefe do Governo deve levar esta quarta-feira ao Parlamento como prioritário, 34% dos inquiridos defendem que deve ser a saúde. Segue-se a habitação (21%) e logo atrás os salários e a produtividade (20%). Abaixo surge o tema da imigração (11%), corrupção (8%) e inflação (6%).

Já numa avaliação por setores, na ótica dos inquiridos, aquele que está em pior estado é a Justiça: 79% dos inquiridos considera que este setor está mal (44%) ou muito mal (35%). E apenas 17% se divide entre bem (15%) e muito bem (2%).

Abaixo surge o setor da saúde, com um total de 69% de inquiridos a considerar que este setor está mal (47%) ou muito mal (22%). Apenas 28% considera que este setor está bem (26%) ou muito bem (2%).

De acordo com a ficha técnica, a sondagem foi realizada ente os dias 3 e 8 de julho, e teve uma taxa de resposta de 75,32%. O erro máximo de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de cerca de 3,5%. A amostra teve por base 801 entrevistas.



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