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Marcelo diz que “não está preocupado” com o regresso ao défice. “Mais do que uma previsão, é um aviso político do governador de Portugal” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 14, 2024

Marcelo Rebelo de Sousa garante que não está preocupado com as previsões do Banco de Portugal, que estimam que as contas públicas portuguesas vão voltar a ser deficitárias nos próximos três anos, interrompendo assim dois anos de excedentes. “Não estou preocupado”, respondeu o Presidente da República aos jornalistas este sábado, à margem de um almoço solidário em Lisboa com pessoas em situação de sem-abrigo.

“É mais do que uma previsão, é um aviso político do governador de Portugal”, diz Marcelo sobre as previsões do Boletim Económico de dezembro, divulgado esta sexta-feira e apresentado por Mário Centeno em conferência de imprensa em Lisboa. O Banco de Portugal prevê que as contas públicas voltem a uma execução deficitária em 2025, de -0,1% do PIB, contrastando com as previsões de um excedente de 0,3% do PIB que estão no Orçamento do Estado recentemente aprovado.

“O que o governador [do Banco de Portugal] quis dizer ao Governo foi: não estiquem muito as despesas, porque havia folga, ainda há folga, mas a folga tem limites. Com aumentos vários em vários setores da administração pública, de prestações que estavam prometidas e devidas há muito tempo. Calhou tudo num período concentrado de tempo.”

O Presidente da República considera que Mário Centento sempre foi “exigente” e “ortodoxo” no que respeita à despesa pública. “Já como ministro das finanças era muito agarrado e apertado no sentido de mais vale prevenir do que remediar. Tinha sempre uma grande preocupação em relação à despesa pública”, continuou, lembrando que Centento “foi sempre em matéria de finanças muito exigente e muito ortodoxo”. “Portanto não muda. Naquela idade já não muda”, rematou. “Prefere prevenir sempre, apertar sempre”.

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Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se “preocupado com a situação internacional”, mas notou que o executivo de Luís Montenegro tem 12 meses de margem para reagir. “O Governo tem espaço de manobra para ver o que se passa e para não gastar aquilo que possa dar um défice”, comentou.





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