Oito pessoas morreram e mais de 2.750 ficaram feridas, muitas gravemente, no Líbano em uma detonação sincronizada de pagers visando o grupo terrorista designado pelos EUA, Hezbollah. A mídia estatal do Irã relatou que seu embaixador no Líbano, Mojtaba Amani, também foi ferido no incidente. As explosões aconteceram por volta das 15h30, horário local no Líbano (18h IST).
O Hezbollah, que é banido tanto pelos Estados Unidos quanto pela União Europeia, é o establishment político e militar no Líbano e é apoiado pelo Irã. O Hezbollah apoia o Hamas, que está em guerra com Israel em Gaza desde outubro de 2023.
De acordo com uma reportagem do canal de notícias saudita Al Hadath, os ataques de pager mataram um filho de Ali Ammar, o representante do Hezbollah no Parlamento libanês.
As explosões do pager teriam sido causadas devido ao superaquecimento de baterias de lítio causadas por um ataque cibernético. A NDTV não pode verificar essa alegação de forma independente no momento.
O Hezbollah culpou Israel pelo ataque e afirmou que esta é a “maior violação de segurança” que já enfrentou. Todos os pagers explodiram quase ao mesmo tempo, o Hezbollah afirmou, dizendo que esta é uma “violação israelense” de sua rede de comunicações.
Os redutos do Hezbollah em todo o Líbano foram atingidos pela “brecha israelense”. Este é o primeiro incidente importante desse tipo desde que o grupo começou a trocar tiros com Israel quase todos os dias em seu apoio ao Hamas, que está em guerra com Israel em Gaza desde o “ataque terrorista” de 7 de outubro, visando cidadãos israelenses.
As explosões também aconteceram fora do Líbano, onde quatro pessoas ficaram feridas na Síria quando pelo menos um pager explodiu em um veículo em Damasco.
“Dezenas de membros do Hezbollah ficaram feridos no sul e nos subúrbios ao sul de Beirute depois que seus pagers explodiram”, disse uma fonte próxima ao Hezbollah à agência de notícias AFP, pedindo anonimato para discutir assuntos delicados.
A Agência Nacional de Notícias oficial do Líbano chamou isso de “um incidente de segurança inimiga sem precedentes”, com “pagers portáteis detonando” quase ao mesmo tempo em todo o Líbano.
De acordo com a AFP, o Hezbollah se comunica por meio de seu próprio sistema de telecomunicações e pediu a seus membros que evitassem usar celulares desde que a guerra de Gaza começou há quase um ano. O decreto foi emitido para evitar violações israelenses da tecnologia.
O QUE O HEZBOLLAH DISSE EM SUA DECLARAÇÃO
O Hezbollah divulgou uma declaração logo após as explosões dos pagers dizendo que “por volta das 15h30 (horário local) de terça-feira, vários dispositivos de pager usados por membros do Hezbollah e funcionários de várias instituições explodiram”.
A declaração ainda dizia: “Uma menina e seus dois irmãos” foram mortos no incidente, enquanto muitos outros ficaram feridos.
“As autoridades relevantes do Hezbollah estão atualmente conduzindo extensas investigações científicas e de segurança para descobrir as razões dessas explosões simultâneas”, acrescentou.
A declaração pediu que as pessoas sejam “cautelosas com rumores e informações erradas espalhadas por certas partes, pois isso pode servir à guerra psicológica” de Israel.
Israel ainda não respondeu a essas alegações feitas pelo Hezbollah ou pelo Irã.