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Missão devia durar oito dias, mas dupla de astronautas só volta à Terra em 2025. Viagem mais longa durou 437 dias – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 15, 2024

No início de junho, a cápsula foi lançada da estação de Cabo Canaveral, na Florida, Suni e Butch preparados para passar uma semana em órbita. Instantes antes do lançamento, Suni Williams atirava uma mensagem que agora poderia ser considerada premonitória: “Vai, ‘Calypso!’”, nome com que a nave f0i batizada, “leva-nos ao espaço e traz-nos de volta”.

Apesar de passadas 26 horas terem chegado em segurança à EEI, durante o voo foram detetados quatro derrames de hélio e cinco propulsores ficaram offline, trazendo à memória os problemas detetados num importante teste em maio de 2022.

Se a Boeing e a NASA iam admitindo que não sabiam exatamente o que se tinha passado, Suni e Butch mostravam uma face alegre na primeira conferência de imprensa a partir do espaço, onde diriam estar a divertir-se. Em pouco tempo, veriam o seu regresso adiado por três vezes consecutivas, até ser definida uma nova data de partida: 25 de fevereiro, a bordo da cápsula Dragon e na companhia dos astronautas da missão Crew-9 — a nona viagem do programa comercial da NASA protagonizada pela SpaceX.

Um pastor evangélico e uma maratonista. Os primeiros astronautas da NASA a embarcar na Starliner


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Aos 61 anos, completa a sua terceira incursão espacial. No entanto, começou a carreira como piloto da Força Aérea e da Marinha. Chegou a voar em missões em apoio às operações Tempestade no Deserto e Escudo do Deserto, durante a Guerra do Golfo, e também sobre os céus da Bósnia em apoio aos interesses dos Estados Unidos e da NATO.

Enquanto astronauta, passou um total de 178 dias no espaço, entre duas missões em 2009 e 2014 — a primeira como piloto e a segunda como comandante — e durante as quais teve a oportunidade de fazer quatro passeios espaciais. Wilmore é também pastor evangélico na Providence Baptist Church, na cidade de Pasadena (Texas) e também já participou em várias viagens pela América Central e do Sul para colaborar com médicos e dentistas no apoio às populações locais.

Vai completar 59 anos a bordo da Estação Internacional Espacial. É piloto e capitã reformada da Marinha norte-americana e em 1998 foi selecionada pela NASA como astronauta. Já passou 322 dias na EEI e chegou a colaborar em alguns retoques da sua construção.

A sua primeira missão foi em 2006 e nela quebrou o recorde de uma mulher com o maior número de horas em passeio espacial, com um total de 29 horas e 17 minutos — acabaria por ser superada pela astronauta Peggy Whitson dois anos depois. No total, acumulou 50 horas e 40 minutos depois de uma nova missão à EEI em 2012. Foi também a primeira pessoa a participar numa maratona a partir do espaço e numa prova de triatlo.

Não há muitas alternativas para trazer a dupla de volta à Terra. “A única nave dos EUA que agora consegue ir lá de forma demonstrada é a Dragon, da SpaceX. O que se queria precisamente com a Starliner era criar uma alternativa”, lembra Joan Alabart, da Agência Espacial Portuguesa. Além da Dragon, só a Soyuz russa faz também viagens para a EEI, tendo deixado esta quarta-feira três astronautas lá. No entanto, este não seria o modelo mais indicado para o regresso de Williams e Wilmore, diz o gestor de programas de Exploração Espacial.

“A capacidade da Soyuz é mais limitada, só leva três pessoas e creio que não pode seguir viagem com apenas uma para cima”, refere. Nota, além disso, que os assentos da nave estão adaptados ao corpo das pessoas que lá seguem, o que num momento tão delicado como o regresso tornaria mais difícil trazer alguém para o qual o lugar não tenha sido desenhado.





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