Depois do desafio de Pedro Nuno Santos, a resposta: Luís Montenegro aceita marcar reunião com Pedro Nuno Santos mas atira o encontro para depois das negociações com as “organizações representativas dos setores” da Administração Pública, nomeadamente profissionais de saúde, forças de segurança, oficiais de justiça e professores.
Na sequência da carta enviada por Pedro Nuno Santos, Luís Montenegro respondeu com outra carta, elogiando “a responsabilidade política e o compromisso” demonstrados pelo socialista, mas reforça que quem define os termos dessas negociações é o Governo e não o PS.
Por isso, e apesar de prometer reunir-se com Pedro Nuno Santos, Luís Montenegro faz questão de sublinhar que essas conversas só vão decorrer depois das negociações com os vários setores profissionais em causa. E ainda acrescenta que essas negociações vão acontecer “no tempo e no modo” que o novo Governo definir — e não como Pedro Nuno Santos parece exigir.
A terminar, Montenegro deixa ainda uma bicada aos socialistas: “Como sabe, até pela experiência infrutífera nesse domínio dos últimos governos, tais negociações revestem-se de elevada complexidade. Ainda assim, o Governo está fortemente empenhado em superar todas as dificuldades com a máxima rapidez”, remata.
Recorde-se que o líder do PS escreveu uma carta ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, a mostrar disponibilidade para “construir” até julho o acordo que propôs para a valorização das carreiras e dos salários dos “trabalhadores da Administração Pública, em especial dos profissionais de saúde (de todos, não apenas dos médicos), das forças de segurança, dos oficiais de justiça e dos professores”.