A Polícia Federal brasileira realizou esta terça-feira a 26.ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que financiaram, fomentaram e promoveram invasões às sedes dos Três Poderes do país, em Brasília, no ano passado.
Num comunicado, a autoridade policial informou que a ação cumpriu 18 mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pará, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Tocantins e Mato Grosso do Sul. Os nomes dos alvos não foram divulgados.
A investigação apura responsabilidades de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro que invadiram e danificaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal oito dias depois da posse do atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
A polícia federal brasileira afirmou que na ação desta terça-feira também foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados alegadamente responsáveis pelos danos causados ao património público, cujo prejuízo foi estimado em cerca de 40 milhões de reais (7,1 milhões de euros).
Investigações em curso, realizadas por autoridades brasileiras em resposta aos atos de destruição realizados nos edifícios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro de 2023 por milhares de bolsonaristas, têm apontado que o ataque pode ter sido coordenado e tinha o objetivo de semear o caos e tentar retirar do poder Lula da Silva, depois da derrota eleitoral do ex-Presidente Jair Bolsonaro.
Fotogaleria. A invasão de manifestantes pró-bolsonaristas ao Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal
No entanto, as autoridades brasileiras ainda não chegaram a uma conclusão sobre a participação ou não de Bolsonaro na instigação desses atos, nem sobre a identidade e o papel de todos os financiadores, funcionários públicos, incluindo militares, e de outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação.