No início de julho, o Novo Banco colocou um processo em tribunal contra José Bastos Salgado, o filho mais novo de Ricardo Salgado. Trata-se de um processo de valor residual, 6384,78 euros, mas, como revela esta quarta-feira o Expresso, mostra que não houve entendimento entre José Bastos Salgado e o Novo Banco para encontrarem uma solução relativamente a este pagamento.
De acordo com o portal Citius, o processo de execução deu entrada no juízo de Execução de Lisboa no dia 8 de julho, tendo sido definido um agente de execução, Paulo Vasconcelos, que não respondeu às questões do semanário sobre o assunto. O Novo Banco e José Bastos Salgados também não falaram sobre o caso.
O Novo Banco foi criado em 2014 a partir da parte saudável do BES. A instituição financeira pretende que o tribunal confirme que os bens do filho de Ricardo Salgado poderão ser usados para saldar a dívida de cerca de seis mil euros que reclama.
José Bastos Salgado trabalhou no BES, mas em 2015 trabalhava em projetos de consultoria. O seu nome surge, a par com o do irmão mais velho, Ricardo Bastos Salgado, na lista de credores não reconhecidos da instituição financeira, na liquidação que ainda está a correr no Tribunal do Comércio de Lisboa.
Tudo o que já se sabe sobre o Novo Banco e o BES
Os filhos de membros dos órgãos sociais do BES foram “apanhados” pela medida de resolução determinada pelo Banco de Portugal, ficando com os seus bens congelados. Foram vários os processos judiciais colocados por familiares de antigos gestores da instituição bancária para poderem aceder aos seus bens. Em junho, o
O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) rejeitou o recurso dos herdeiros do ex-administrador do BES José Manuel Espírito Santo, que morreu em fevereiro de 2023, para o levantamento dos bens arrestados no processo Universo Espírito Santo.
BES/GES: Relação rejeita recurso de herdeiros de ex-administrador para aceder a bens arrestados
Quando a queda do BES era iminente, Ricardo Salgado terá passado quase todos os seus bens para a mulher e os seus três filhos. Em agosto de 2015, cinco meses antes do colapso do BES, tinha apenas quatro imóveis em seu nome.
Ricardo Salgado passou propriedades para a mulher e filhos, a meses do fim do BES