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Novo centro de investigação em engenharia oceânica conta com investimento de 30 milhões de euros – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 20, 2024

O novo centro INESCTEC.OCEAN, liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), com um investimento superior a 30 milhões de euros, pretende ser uma “referência internacional” na engenharia oceânica, foi divulgado esta quarta-feira.

“Ao longo dos próximos seis anos, o I.OCEAN vai promover o desenvolvimento de setores emergentes do mar, como são as energias renováveis “offshore”, a monitorização do mar profundo, a avaliação de impacto ambiental das atividades humanas no mar ou a aquacultura “offshore”, afirma o INESC TEC, do Porto, em comunicado.

O centro de excelência em investigação e engenharia para o mar vai também “promover a investigação e desenvolvimento nestas áreas, a criação de uma rede de infraestruturas tecnológicas “onshore” e “offshore” para desenvolver e testar tecnologia, a formação avançada de recursos humanos, e a aproximação da ciência ao mundo empresarial, estimulando a inovação de base científica”.

O INESCTEC.OCEAN vai ainda ter “impacto em setores considerados tradicionais, como são as pescas ou a atividade portuária e logística”.

O objetivo é que o INESCTEC.OCEAN venha a ser “uma referência internacional na área da engenharia oceânica”, prevendo-se que, em 2031, a sua atividade seja superior a 20 milhões de euros, acrescenta o INESC TEC.

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Até lá, o Centro de Excelência ficará incubado no INESC TEC durante pelo menos quatro anos.

O INESCTEC.OCEAN vai ser “o primeiro centro de excelência em investigação e engenharia para o mar” de Portugal e resulta de uma candidatura ao concurso Teaming for Excellence do programa Widening do Horizonte Europa.

Assim, o financiamento superior a 30 milhões de euros conta com 15 milhões de euros “assegurados pelo Programa Horizonte Europa da União Europeia, e o restante montante pelo Governo Português, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia e de fundos de diferentes origens”.

“Liderado pelo INESC TEC, o projeto, a decorrer entre 2025 e 2031, conta, em Portugal, com o envolvimento da Fórum Oceano, Cluster do Mar Português, e da APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo”, descreve o INESC TEC.

Internacionalmente, o INESCTE.OCEAN conta “com a participação do Centro de I&D Norueguês SINTEF.OCEAN, o principal centro de investigação e desenvolvimento norueguês na área do Mar, com mais de 70 anos de experiência”.

“O nosso objetivo é conseguir meios para colocar num outro nível as infraestruturas existentes, como é o caso do Hub Azul de Leixões I, do TEC4Sea, ou a plataforma de testes na Aguçadoura, Póvoa de Varzim”, explica José Manuel Mendonça, responsável pela coordenação da candidatura INESCTEC.OCEAN e anterior presidente do Conselho de Administração do INESC TEC.

Tirando partido da localização central do país face ao oceano Atlântico, o INESCTEC.OCEAN prevê “a criação de quatro programas científicos, em colaboração com a indústria, dedicados a domínios de conhecimento, como são as Estruturas Marinhas, a Robótica Marinha, a Energia Oceânica e os Dados Oceânicos”

A isto soma-se “a participação ativa em mais de 50 projetos de cooperação com a indústria, de forma a respondermos às necessidades do mercado”, avança José Manuel Mendonça.

O INESC TEC assinala que Portugal tem uma linha de costa de cerca de 2.500 quilómetros e uma das maiores zonas económicas exclusivas do mundo – a quinta a nível europeu – que se estende por 1,7 milhões de quilómetros quadrados e que representa 95% do território nacional.

O triângulo marítimo que se situa entre Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores constitui 48% de todas as águas marinhas adjacentes ao continente europeu, acrescenta.

“O nosso território dispõe de condições privilegiadas para o desenvolvimento da Economia Azul e, agora, vai poder contar com um Centro de Excelência, que ambiciona, através da investigação e da engenharia oceânica, alavancar todo este potencial”, explica José Manuel Mendonça.





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