O novo Largo de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, que foi alvo de obras de requalificação, foi nesta sexta-feira inaugurado, com mais árvores e menos trânsito automóvel, num investimento de cerca de três milhões de euros.
Após mais de um ano de obras, a Câmara Municipal de Lisboa, presidida por Carlos Moedas (PSD), assinalou esta tarde a inauguração do novo Largo de São Sebastião, na freguesia das Avenidas Novas, com uma cerimónia, na qual participaram cerca de três dezenas de pessoas.
Estas obras tiveram início em fevereiro do ano passado e abrangeram várias artérias adjacentes, com objetivo de melhorar a circulação pedonal e ciclável na zona e reforçar a arborização.
Nesse sentido, foi reduzida a largura das faixas de rodagem e aumentada a largura dos passeios, tendo a autarquia procurado manter o maior número possível de lugares de estacionamento para residentes.
Por outro lado, a intervenção visou, igualmente, criar uma zona de “lazer e convívio no Largo, tendo sido colocado, para o efeito, um “kiosque”.
“Foi uma obra muito importante. Olhem para isto, como está bonito”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, dirigindo-se para as cerca de três dezenas de pessoas que assistiram à cerimónia, agradecendo também a “paciência” dos moradores e dos comerciantes.
O autarca reconheceu que “ainda há muito por fazer em Lisboa em matéria de requalificação”, mas ressalvou que “também foi feito muito trabalho que não é tão visível”.
“Por exemplo, já plantamos mais de 30 mil árvores. Plantamos duas árvores por cada árvore que é abatida”, sublinhou o autarca.
No final da cerimónia a agência Lusa questionou Carlos Moedas sobre uma manifestação agendada para sábado, pela Comissão Unitária de Reformados e Idosos da Freguesia da Ajuda (CURIFA, para reivindicar a construção de um lar e de uma creche, mas o autarca escusou-se a fazer comentários.
A CURIFA vai realizar um cordão humano para exigir a construção no antigo Hospital Militar de Belém de um equipamento de lar e creche, que estava previsto para a local, mas que servirá para albergar migrantes.
Em declarações nesta sexta-feira à Lusa, o presidente da Junta de Freguesia da Ajuda, Jorge Marques (PS), acusou a autarquia lisboeta de “traição”, argumentando que existia o compromisso da Câmara Municipal de Lisboa de construir um centro intergeracional no antigo hospital militar de Belém, “com residência para idosos, com creches”.
Em 4 de junho, fonte oficial do gabinete do ministro da Presidência, numa resposta a questões colocadas pela Lusa, revelou que o centro de acolhimento temporário de imigrantes ficará localizado no edifício do antigo hospital militar de Belém, na Ajuda, tendo o local sido escolhido “por consensualização” entre o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa e gerido por esta.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), ressalvou que a escolha do local para a instalação do centro para migrantes cabe ao Governo.