Já o posicionamento tático e fixo — como os snipers — nos locais que irá visitar, assim como nos trajetos, será da responsabilidade ou da PSP ou da GNR, consoante a área territorial. Esta sexta-feira, as autoridades não conheciam ainda ao detalhe a agenda do Chefe de Estado ucraniano nas horas que passará em território nacional.
Ao Observador, uma fonte conhecedora do planeamento explicou mesmo que num caso como estes é sempre feita uma “coordenação e recolha de informação de relevo para determinar o grau de ameaça que depois aumenta ou diminui o empenhamento operacional feito pelas forças de segurança”. Ainda que o Observador não tenha conseguido detalhes sobre o grau definido pelo Serviço de Informações, o certo é que tanto do lado da GNR, como do lado da PSP, o trabalho de preparação já começou.
A preparação começa muito antes da chegada de Zelensky a Lisboa — que horas antes da sua visita recebe eventos de grandes dimensões, como os concertos de Taylor Swift, no Estádio da Luz, e a Taça de Portugal, no Jamor, e que exigiram grandes dispositivos de segurança, sobretudo da PSP.
O Observador sabe que haverá uma coordenação com as autoridades espanholas, dado que Zelensky estará nas horas anteriores no país vizinho. Mas sobretudo com as forças ucranianas que garantem a sua segurança.
A articulação com o corpo de segurança pessoal ucraniano é feita a montante, havendo mesmo equipas que vêm antecipadamente fazer o reconhecimento dos locais onde o Presidente da Ucrânia estará. Isso estava, aliás, já previsto na primeira visita, que foi cancelada.
Ao que o Observador apurou, ainda que oficialmente esta polícia se tenha remetido ao silêncio, na PSP todas as valências da Unidade Especial de Polícia serão empenhadas, ou seja, o Corpo de Intervenção, o Grupo de Operações Especiais, o Corpo de Segurança Pessoal, o Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo e o Grupo Operacional Cinotécnico. E entrarão em ação algumas valências do dispositivo territorial.