A sessão organizada na passada terça-feira, dia 19 de março, formalizou a vitória da escola lisboeta na 3.ª edição do Prémio. Por isso, a Biblioteca Histórica do CED Pina Manique encheu-se. De orgulho, claro. Mas também de alunos, de professores, encarregados de educação e de todos os que quiserem celebrar a visão, a energia e o exemplo dos alunos vencedores. O aplauso foi geral e veio também da comunidade local (representada pela Câmara Municipal de Lisboa e Junta de Freguesia de Belém) e dos parceiros da Fundação Galp que têm contribuído para a realização deste prémio: a DGE – Direção Geral de Educação, a APA – Agência Portuguesa do Ambiente, a ADENE – Agência para a Energia e a DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia.
“Hoje é um dia simbólico”, começou por sublinhar Diogo Sousa, Diretor Executivo da Fundação Galp, sublinhando que “os parceiros, os alunos e os professores que estiveram envolvidos em todo este processo, estão finalmente juntos para celebrar o projeto que venceu a terceira edição do Prémio Energy Up”. “É um Prémio que se traduz em 20 mil euros em painéis solares, o que significa qualquer coisa como 10 mil euros de poupança anual no orçamento da escola. É um benefício direto, fruto do trabalho desta equipa. Olhando para a frente, é mais um passo para o contributo de todos para a transição energética”, enfatizou o responsável da Fundação Galp.
Números Future Up: 2,2 milhões de professores e estudantes impactados, 21000 escolas, 5300 aulas Energy Up e + de 755 voluntários Galp.
Mas porque a mudança não se alcança sozinha, há parceiros que fazem parte do Prémio Energy Up e que têm permitido que o seu sucesso, seja possível. Também eles marcaram presença neste dia tão especial. “Este Prémio traz às escolas aquilo que se chama de um reforço positivo muito relevante. Não é só pelo dinheiro que envolve e simboliza, mas sobretudo porque materializa um efeito. Os alunos têm noção de que trabalharam num projeto e que ele vai ter um efeito imediato na sua vida, na vida da escola, e que é muito palpável”. Quem o disse foi Francisco Teixeira, da Agência Portuguesa do Ambiente. Paulo Nogueira, Coordenador da área de transição energética da ADENE, David Prata, Técnico Superior na Direção de Serviços de Sustentabilidade Energética na DGEG, e José Carlos Sousa, Diretor de Serviços e Projetos Educativos da DGE, também fizeram parte desta manhã e os seus discursos foram ao encontro de uma única certeza: ser parceiro é um papel do qual não descuram e a ligação à comunidade escolar é, efetivamente, o motor de arranque para o futuro.
Quanto ao arranque do evento, depois das boas-vindas dadas por Fátima Matos, Presidente do Conselho Diretivo da Casa Pia de Lisboa, foi tempo de ouvir alguns outros discursos, marcados pela presença de todos os parceiros do projeto, bem como pelas palavras de encorajamento do Vereador de Desporto, Segurança, Proteção Civil e Socorro, Estrutura Verde e Higiene Urbana na Câmara Municipal de Lisboa, Ângelo Pereira, que não hesitou em partilhar: “É a partir das escolas, das crianças e dos jovens que mudamos a nossa cidade, o nosso país, o mundo. Porque são eles os principais agentes da mudança. Interiorizam os conceitos, percebem desde cedo a importância da sustentabilidade e são eles que o incutem aos pais e a todas as pessoas que os rodeiam”.
Conheça o projeto vencedor!
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O projeto multidisciplinar “Pina Manique Circular” engloba várias iniciativas como: otimização e gestão dos recursos energéticos, hídricos e biológicos, alimentação e biodiversidade; aumento da eficiência da sua utilização; e melhoria da consciência cívica da comunidade escolar. Abrange toda a comunidade, desde o diagnóstico à implementação.
“Este Prémio é o reconhecimento do trabalho de uma comunidade inteira. Depois, é o incentivo que dá. Serve de exemplo para que outros se queiram envolver. Do ponto vista financeiro e energético, é um enorme contributo que a escola conseguiu alcançar”, afirma Maria João Ulrich, uma das professoras responsáveis, deixando em seguida um reforço quanto ao papel das escolas neste caminho que se quer de sucesso: “Cada vez mais as escolas têm este papel de despertar. A juventude está na escola até aos 18 anos, de forma obrigatória. Têm de ser as escolas a fazer este papel. É o nosso dever e, ao mesmo tempo, um desafio”.