A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou esta segunda-feira a exigir que a China partilhe dados e informações para se compreender como a pandemia da Covid-19 começou.
Segundo a OMS, que esta segunda-feira emitiu um comunicado sobre o assunto na véspera do dia em que se assinalam cinco anos sobre a notificação dos primeiros casos no mundo, trata-se de “um imperativo moral e científico” que a China responda ao apelo.
“Sem transparência, partilha e cooperação entre países, o mundo não se pode preparar de maneira adequada para futuras epidemias e pandemias ou preveni-las”, refere a OMS em comunicado, citado pela agência noticiosa AFP.
Os primeiros casos de Covid-19 foram notificados em 31 de dezembro de 2019 a partir da China, onde então foram designados como sendo de pneumonia viral.
O coronavírus na sua origem – o SARS-CoV-2 – disseminou-se rapidamente pelo mundo e uma nova doença respiratória foi designada de Covid-19, tendo sido oficializada como uma pandemia em 11 de março de 2020.
Em Portugal, os dois primeiros casos de Covid-19 foram conhecidos em 2 de março de 2020.
De acordo com as mais recentes estatísticas da OMS, de meados de dezembro, no mundo já morreram mais de sete milhões de pessoas com Covid-19 e cerca de 800 milhões ficaram infetadas.
A OMS estima números mais elevados, uma vez que nem todos os países reportaram dados.
No início do corrente mês, numa conferência de imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que, nos dias atuais, o mundo estaria “confrontado com as mesmas fraquezas e vulnerabilidades” se surgisse uma nova pandemia, apesar de ter aprendido “muitas lições dolorosas” e ter adotado “medidas importantes para reforçar as suas defesas contra futuras epidemias e pandemias”.
Um tratado internacional para a prevenção e preparação de futuras pandemias está a ser negociado pelos países-membros da OMS, que espera tê-lo aprovado em maio de 2025.