A ONU admitiu esta segunda-feira que nove funcionários da organização “podem ter estado envolvidos” no ataque de 7 de outubro da autoria do Hamas contra Israel. “Para nove pessoas, as provas eram suficientes para concluir que podem ter estado envolvidas nos ataques de 7 de outubro”, garantiu o porta-voz adjunto Farhan Haq, citado pela Reuters.
A investigação foi conduzida pelo Gabinete dos Serviços de Supervisão Interna da ONU (OIOS), que informa que os nove funcionários foram despedidos após a conclusão dos procedimentos.
Foram investigados 19 membros do pessoal da agência da ONU que apoia refugiados palestinianos (UNRWA), com base em alegações do seu envolvimento nos ataques armados no sul de Israel no início de outubro de 2023. “Num caso, o OIOS não obteve provas que sustentassem as alegações de envolvimento do funcionário, enquanto noutros nove casos as provas obtidas pelo OIOS eram insuficientes para sustentar o envolvimento do funcionário”, informou Farhan Haq, porta-voz da ONU.
“Relativamente aos restantes nove casos, os elementos de prova obtidos pelo OIOS indicam que os membros do pessoal da UNRWA podem ter estado envolvidos nos ataques armados de 7 de outubro de 2023. O emprego destes indivíduos será rescindido no interesse da agência”, acrescentou.
Israel acusa UNRWA de deixar o movimento islamita Hamas “usar a sua infraestrutura”
Em janeiro, Israel acusou membros do pessoal da UNRWA de terem sido cúmplices do ataque de 7 de outubro contra Israel e tem vindo repetidamente acusar a agência de colaborar com o Hamas. Os funcionários da agência são maioritariamente palestinianos.