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Oposição interna perdeu Mayan, mas não quer abdicar de ter candidato à liderança da IL – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 8, 2024

A notícia da demissão de Tiago Mayan Gonçalves por falsificação de assinaturas caiu com estrondo no movimento “Unidos pelo Liberalismo”. De um segundo para o outro, a oposição interna da Iniciativa Liberal ficou sem o seu rosto mais conhecido, sem candidato à liderança do partido e com um enigma nas mãos: é melhor substituir Mayan ou evitar uma corrida eleitoral após uma polémica desta dimensão? As opiniões dentro do movimento dividem-se, mas o Observador sabe que vai ser apresentado um novo nome para disputar a liderança frente a uma provável recandidatura de Rui Rocha.

Num comunicado enviado aos membros e simpatizantes da IL, a que o Observador teve acesso, o movimento “Unidos pelo Liberalismo” assume que, apesar da saída de Mayan Gonçalves, a decisão aponta para o desejo de manter uma oposição na próxima convenção: “Mantemos a posição de que uma candidatura à liderança da Iniciativa Liberal forte e carismática, verdadeiramente liberal e capaz de reformar Portugal é necessária e seguiremos o nosso caminho adiante com o movimento, procurando recuperar a confiança dos quase 500 subscritores deste nosso manifesto.”

Neste momento a questão prende-se com o nome da pessoa que a oposição interna vai apresentar. Fonte do movimento assegurou ao Observador que ainda não há um nome fechado e alertou para a dificuldade do processo. Durante as últimas horas foram sondadas algumas pessoas, mas sem sucesso. E, perante as várias negas, é possível que a escolha tenha de ser feita entre o núcleo que era mais próximo de Mayan,

No entanto, e segundo o que fontes do movimento que se quer alternativo à liderança de Rui Rocha confirmaram ao Observador, até agora, nenhuma das pessoas do núcleo duro se mostrou disponível para avançar. Na visão de vários membros, a imagem de Tiago Mayan “prejudica” o próprio o movimento, pelo que há quem tenha receio de ficar associado à polémica ao decidir substituir o ex-líder.

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A equipa encabeçada por Tiago Mayan Gonçalves estava fechada, ia ser apresentada na próxima semana, em Lisboa. O projeto, que foi apresentado em abril (e que prometia “refundar a IL”), ia finalmente ter a possibilidade de enfrentar novamente a corrente da liderança. Ainda que dentro da oposição se recusem comparações com Carla Castro, a verdade é que Mayan Gonçalves foi a tábua de salvação encontrada dentro do partido, o homem escolhido para voltar a dar voz aos desalinhados.

Mesmo sem garantias de vitória, a candidatura de Mayan Gonçalves, que tem no currículo uma interessante corrida presidencial, tinha alguma margem para fazer estragos, até porque, há quase dois anos, a convenção do partido mostrou uma Iniciativa Liberal partida praticamente a meio. Essa divisão era a esperança para o próximo frente a frente, depois de umas legislativas muito mal conseguidas e de umas eleições europeias que trouxeram um bom resultado sobretudo às custas de João Cotrim Figueiredo — o que acentuou a ideia de que Rui Rocha talvez não seja o líder e o candidato mais popular que a IL tem para oferecer ao mercado.

Agora, as mais recentes notícias trocaram as voltas à oposição interna. Desde logo, porque aquele que sempre foi considerado o maior trunfo de Mayan — o mediatismo — é hoje a maior fragilidade do movimento, já que não há ninguém que tenha a visibilidade pública que o antigo candidato presidencial ganhou nos últimos anos. Assim, os desalinhados não só ficaram órfãos de líder, como devem  avançar com um candidato que é um perfeito desconhecido do espaço mediático e que terá necessariamente de se dar a conhecer em poucos meses.





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