Sim, é permitido entrar no recinto com comida, mas também haverá opções para compra no evento, com opções vegan, vegetarianas e sem glúten. Todos os pagamentos são feitos em cartão, com a organização a justificar que permite evitar tantas filas na área de restauração.
Algumas, incluindo o regresso de um rosto familiar: Paddy Cosgrave, após uma demissão motivada por declarações sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
Na edição do ano passado, a Web Summit ainda lidava com a onda de choque do boicote de Israel e a retirada de vários oradores do evento. Katherine Maher, nomeada para o cargo pouco tempo antes do evento, ainda estava a ambientar-se quando teve de dar a cara por uma edição que foi atribulada na preparação. A estadia da norte-americana, ex-líder da Wikimedia Foundation, foi curta na Web Summit, anunciando a saída para a NPR ao fim de três meses. Em abril, foi anunciado o regresso de Paddy Cosgrave, mas sem comentários sobre a saída no ano anterior.
Paddy Cosgrave regressa à presidência da Web Summit
Este ano, o irlandês não deu as suas habituais entrevistas de antecipação do evento à imprensa portuguesa e fica a dúvida sobre se manterá a postura descontraída no evento — Maher até usou a expressão “desbocado” para se referir a Cosgrave. A ‘CEO relâmpago’ regressa este ano como oradora.
“Todos têm direito a expressar-se” mas “o peso das palavras” conta. Na abertura da Web Summit, nova CEO não esqueceu o “desbocado” Paddy
Fora da liderança da Web Summit, também há outro fator diferente: é a primeira vez que a cimeira se realiza em Portugal com um Governo que não é socialista. Em 2016, quando a cimeira de tecnologia e startups aterrou em Portugal, já António Costa era o primeiro-ministro.
O atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, faz a estreia no palco da Web Summit logo na cerimónia de abertura, a 11 de novembro, mas não é ainda claro se terá mais intervenções ou visitas ao evento na agenda.
Tal como em edições anteriores, há presença do Governo ao longo dos vários dias de evento. Está prevista a participação de cinco ministros: Pedro Reis, ministro da Economia, Margarida Balseiro Lopes, ministra da Juventude e Modernização Administrativa, Paulo Rangel, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Joaquim Miranda Sarmento, ministro de Estado e Finanças, e Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação.
Cosgrave espera igual empenho do novo Governo para evento em Portugal
Os números são redondos, mas iguais aos da edição anterior: 70 mil pessoas, de 160 países diferentes que vão andar distribuídas pelos vários pavilhões da FIL e pelas bancadas do Meo Arena. A cerimónia de abertura, logo na segunda-feira, é o ponto da agenda que costuma gerar maior afluência.
A organização prevê que haja cerca de 3 mil startups a participar nesta edição, um aumento em relação ao recorde de 2.608 do ano anterior.
No mês passado, numa publicação no LinkedIn, Paddy Cosgrave revelou que são esperadas 250 startups norte-americanas em Lisboa,”ultrapassando pela primeira vez o valor de 150″. O Reino Unido e a Alemanha deverão estar representados com 300 startups cada. O número de startups espanholas e italianas também aumentou: vão chegar a Lisboa 170 empresas de Espanha e uma centena de Itália. Um aumento “sem precedentes para a Web Summit”, declarou Paddy Cosgrave.
Também são esperadas várias startups portuguesas. Só através do programa Road2Web Summit, da Startup Portugal, está garantida a participação de 125 empresas, um crescimento de 10% face à participação de 2023. Destacam-se empresas de setores como a inteligência artificial (IA), tecnologia médica (medtech), fintech (tecnologia aplicada à área financeira) e tecnologias ambientais. Pelas contas da Startup Portugal, em conjunto, estas empresas já arrecadaram 37 milhões de euros em investimento.
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Claro, é uma das aliciantes que costumam levar as startups à Web Summit. A organização promete a presença de mil investidores, de várias geografias. Haverá representação de várias empresas de capital de risco, como a californiana Khosla Ventures, que já investiu em empresas com ADN português, como a Sword Health e a Anchorage, ou a 500 Global, que investiu no Reddit, na Talkdesk ou na Canva.
A representação de investidores portugueses vai estar assegurada através de nomes como a Indico Capital ou a Armilar Venture Partners. A lista completa de investidores pode ser consultada aqui.
Por se realizar numa zona movimentada da cidade de Lisboa, é natural que a Web Summit acabe por causar constrangimentos de trânsito nessa área. O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP já alertou, em comunicado, para os condicionamentos de trânsito “diversas artérias da freguesia do Parque das Nações”.
Assim, de 10 a 16 de novembro será “encerrada a circulação em toda a Alameda dos Oceanos (condicionada a veículos de emergência no sentido N/S entre a rotunda dos Vice-Reis e a Rua Mar da China) e na Avenida do Índico entre a Alameda dos Oceanos e a Avenida Dom João II, onde será garantido o acesso ao parque e a operações de cargas e descargas”.
Os condicionamentos estendem-se à Rua do Bojador, que vai ser encerrada à circulação no troço entre a Rotunda do Bojador e a Alameda dos Oceanos. A Avenida da Boa Esperança também estará condicionada à circulação entre a rotunda dos Vice-Reis e Hotel Myriad, “ficando apenas circulável para viaturas autorizadas”. A PSP garante que “entre o dia 16 e 20 de novembro, gradualmente, todas as vias serão reabertas e repostas”.