O Papa Francisco pediu este domingo para que “não se ceda à lógica da justificação da guerra” e expressou preocupação e dor pela situação no Médio Oriente, após as orações na Praça de São Pedro, no Vaticano.
“Que prevaleça o caminho do diálogo e da diplomacia, que tanto pode fazer”, disse o Papa no seu apelo.
Francisco recordou que reza todos os dias pela paz na Palestina e em Israel e manifestou o seu desejo de que “estes dois povos deixem de sofrer”.
O Papa também pediu para não serem esquecidos “os mártires e os sofredores da Ucrânia” e reiterou a necessidade de negociações para pôr fim aos conflitos.
“Que o espírito do Senhor ressuscitado ilumine e sustente aqueles que trabalham para reduzir as tensões e encoraje os gestos que tornam possível a negociação. Que o Senhor dê aos líderes a capacidade de parar um pouco para negociar”, afirmou.
À margem de um evento no sábado, o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin analisou a atual situação de tensão entre Israel e o Irão, sublinhando a sua impressão de que “ambos os lados estão a tentar não provocar de forma a alargar o conflito”.
“Penso que devemos evitar tudo o que possa conduzir a uma escalada e, sobretudo, evitar que a situação fique fora de controlo: isto acontece se não houver um compromisso de todas as partes para moderar as suas posições”, acrescentou.
A tensão entre Israel e o Irão aumentou significativamente desde a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, que se seguiu ao ataque do grupo palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que deixou quase 1.200 mortos.
Em resultado da ofensiva de retaliação israelita na Faixa de Gaza, mais de 34 mil pessoas, na maioria civis, e o enclave controlado pelo Hamas mergulhou numa grave crise humanitária.