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Paulo Macedo “disponível” para continuar na Caixa Geral de Depósitos – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Jun 17, 2024

O presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, já manifestou, junto do Ministério das Finanças, a disponibilidade para continuar à frente do banco público, revelou o próprio em entrevista ao Jornal de Negócios publicada nesta segunda-feira. “Ainda há muita coisa a fazer no banco“, diz o gestor, que adianta que foi criado um plano de sucessão que será proposto ao acionista (o Ministério das Finanças) e ao supervisor (o Banco de Portugal).

“O plano de sucessão tem um conjunto de mecanismos para assegurar, por exemplo, que exista uma parte dos membros que deve ficar para assegurar que haja sempre uma continuidade”, explicou Paulo Macedo, não revelando como é que o acionista acolheu essa manifestação de disponibilidade para continuar e, também, o plano de sucessão. “As Finanças, a seu tempo, pronunciar-se-ão sobre isso”.

Há um plano de sucessão que depois, obviamente, será acionado, e depois o acionista terá a sua palavra a dizer, assim como o regulador”, afirma Paulo Macedo, clarificando que “o plano de sucessão é para o banco, não tem a ver com o Paulo Macedo, e define o processo de nomeação de uma nova administração. Em vários países, por exemplo, nos planos de sucessão, os administradores sucedem-se desfasados no tempo. Ou seja, há quem defenda que não se devia substituir as administrações sempre de mandato a mandato, devia ser ao longo do mandato que alguns membros deviam entrar e sair.”

O presidente executivo do banco público chegou a ter 16% da carteira de crédito em malparado e hoje esse valor baixou para 1,6% – fruto, também, de “uma governance melhor por mérito da instituição e dos seus órgãos de gestão”.

Quando Macedo diz que “ainda há muita coisa a fazer no banco“, refere-se em especial a “toda a parte de digitalização em que já se avançou muito, e esse é um dos grandes contrastes face há cinco ou seis anos”. “Nós hoje, dependendo da maneira como se faz as contas, se incluímos as renovações dos depósitos ou não, temos 70% de operações que são feitas através da app, de forma digital, ou se não incluirmos temos cerca de 35%, o que é bastante, mas temos aí todo um trabalho a fazer”, afirma.

Esse trabalho passa, também, por cortar custos. “Este edifício [a sede da CGD] tem 90 mil metros quadrados. Porquê é que os serviços centrais de um banco haviam de estar num edifício com 90 mil metros quadrados, dos quais estão a ocupar cerca de 45 mil e vão para um edifício com cerca de 30 e tal mil? Se isso é cortar custos, então fico muito satisfeito“, nota o gestor.

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